sábado, 14 de março de 2015

[Crítica] Simplesmente Acontece

Direção: Christian Ditter
Ano: 2014
País: Alemanha | Reino Unido
Duração: 102 minutos
Título Original: Love, Rosie
Classificação: 4/5 estrelas

Crítica:

Em se tratando de amor, o difícil é fazer as escolhas certas.

Depois que a adaptação do livro Simplesmente Acontece foi anunciada, quem leu o livro sabia que haveriam muitas mudanças entre as obras principalmente pelo modo como a história é contada nos livros - por meio de cartas, e-mails, etc. Mas o principal "vilão" da adaptação seria o tempo em que a história se desenrola e os quarenta e cinco anos viraram apenas doze no filme, e consequentemente, muita coisa ia ser cortada da obra original.

O filme acompanha Alex (Sam Claflin) e Rosie (Lily Collins), amigos inseparáveis que cresceram juntos em Londres, compartilhando entre si suas melhores experiências. Tudo muda quando Alex ganha uma bolsa de estudos e passa a morar nos EUA. Separados, seus caminhos agora são outros. Mas nos tempos de hoje é impossível não permanecer conectado.

Primeiramente, na minha opinião, o longa devia ter mais tempo. Por mais que as coisas aconteçam rapidamente no livro, no filme essa velocidade é triplicada e mal conseguimos respirar com a montanha-russa que a vida de Alex e Rosie toma. A sensação é de que o filme só durou uns quinze minutos pois as coisas acontecem muito rápido mesmo. Mas vale apontar que a produção até que conseguiu manter o nível do romance dos protagonistas e algumas cenas famosas dos desencontros deles no livro foram preservadas. E Lily e Sam também tiveram uma química engraçada, tanto nas cenas de amizade como de amor.

Algumas mudanças ao meu ver foram até bem boladas, como a unificação de Greg e Brian em apenas um personagem, assim, além de economizar participações avulsas, não confundiu tanto o público - ouvi várias pessoas sussurrando o "enrolamento" de Alex em ficar com Bethany, depois com Sally e voltar para a primeira depois. O filho eliminado de Ruby também foi bom, deixou a personagem "mais nova" e lhe reservou uma cena final bem engraçada. Algumas das cenas inéditas, como a da camisinha, também foram engraçadas. A trilha sonora também acertou ao inserir a versão original de Crazy In Love da Beyoncé na cena da boate - até porque a nova versão da música vem tendo um amplo destaque por conta de Cinquenta Tons de Cinza.

Mas como nem tudo são flores, o principal erro da adaptação foi transformar o filme em um romance bobo. Diferente do livro, o filme não será inesquecível, muito pelo contrário. Provavelmente nem será lembrado daqui há alguns meses, tornando-se apenas uma diversão rápida e clichê. PS: Quem realmente viu a Lily como uma mulher de 30 anos? Essa sofre do mal Avril Lavigne e não envelhece nunca. Enfim, Simplesmente Acontece não foi tão bom quanto o livro, mas eu até gostei e dei algumas risadas na sala de cinema.

E uma curiosidade sobre o livro: seu título original é Where Rainbows End e ele chegou a ser lançado no Brasil como Onde Terminam os Arco-Íris (sua tradução literal) pela editora Relume Dumara, mas com o lançamento do filme; o livro foi relançado nos EUA com o título do filme (que em tradução literal seria Com amor, Rosie), e a Novo Conceito o relançou com o título brasileiro do filme. Eu gostei muito mais desse novo título, e vocês?

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