quinta-feira, 31 de agosto de 2017

[Resenha] Proibido - Tabitha Suzuma

Autora: Tabitha Suzuma
Editora: Valentina
Páginas: 304
Classificação: 5/5 estrelas
Título Original: Forbidden

Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis.

Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes.

Eles são irmão e irmã.

Resenha:

Como uma coisa tão errada pode parecer tão certa?

Mesmo antes de começar a ler Proibido, já sabia que seria uma leitura pesada por conta da premissa e dos comentários que li. Mas ainda assim não chegou nem perto de toda a montanha russa de sentimentos que vivi durante a história.

É impossível não torcer por Maya e Lochan - principalmente por ele - desde o primeiro capítulo de ambos, a conexão é instantânea. Crescemos numa sociedade onde incesto é considerado pecado, mas Tabitha consegue nos fazer questionar se tal relação é mesmo um crime, principalmente por Maya e Lochie não se enxergarem como irmãos - e até nós não conseguimos vê-los de tal forma. Em determinado momento, Maya compara a diferença entre seus sentimentos por Lochie e Kit (outro irmão) e é incrível como é exatamente o que pensamos sobre ter esse tipo de relação com um irmão.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

[Resenha] Dois Garotos Se Beijando - David Levithan

Autor: David Levithan
Editora: Galera Record
Páginas: 224
Classificação: 4.5/5 estrelas
Título Original: Two Boys Kissing

Do lado de fora da escola, ao ar livre, rodeados por câmeras e por uma multidão que, em parte apoia e em parte repudia o que estão fazendo, Craig e Harry estão tentando quebrar o recorde mundial do beijo mais longo. Craig e Harry não são mais um casal, mas já foram um dia. Peter e Neil são um casal. Seus beijos são diferentes. 

Avery acaba de conhecer Ryan e precisa decidir sobre como contar para ele que é transexual, mas está com medo de não ser aceito depois disso. Cooper está sozinho. Passa suas noites em claro, no computador, criando vidas falsas online e seduzindo homens que jamais conhecerá na vida real. Mas quando seus pais descobrem seu passatempo proibido, o mundo dele desaba. 

Cada um desses meninos tem uma situação diferente. Alguns contam com o apoio incondicional da família, outros não. Alguns sofrem com o bullying na escola, outros, com o coração partido. Mas bem no centro de todas essas histórias paralelas está o amor. E, através dele, a coragem para lutar por um mundo onde esse sentimento nunca seja sinônimo de tabu.

Resenha:

"Todas as vezes que dois garotos se beijam, o mundo se abre um pouco mais." - Pág. 73

Gostei bastante de Todo Dia e Naomi & Ely e a Lista do Não-Beijo, o que me motivou a ler outros livros do David Levithan. E Dois Garotos se Beijando sempre foi um que me chamou atenção pois achei engraçada a ideia de duas pessoas tentando quebrar um recorde de beijo com mais de 32 horas de duração.

O livro acompanha quatro histórias distintas e de todas, é realmente a do beijo que desperta mais interesse, pois Harry e Craig são os melhores personagens. A de Avery e Ryan também é envolvente, assim como a de Cooper - por mais que em alguns momentos tenha ficado com vontade de estapeá-lo. Apenas a de Peter e Neil não parece tão interessante inicialmente, mas é a que reserva uma das passagens mais dolorosas e reais do livro. Então, apesar da narração ser um pouco confusa no início, o que causa uma leitura arrastada mas que depois faz todo o sentido, você se envolve gradativamente com os garotos e torce para que todos consigam ser felizes no fim de tudo.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

[Resenha] A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard

Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Páginas: 422
Classificação: 4.5/5 estrelas
Título Original: Red Queen

O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.

Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?

Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.

Resenha:

Uma sociedade dividida pelo sangue. Um jogo definido pelo poder.

Desde que vi a capa de A Rainha Vermelha, a história me chamou atenção. Acabei adiando a compra por várias vezes, mas ao me dar conta de que a série em breve terá seu último livro publicado, decidi correr e ler para ver se gostaria dela, afinal os comentários sobre esse primeiro volume eram bem relativos; uns adoraram, outros nem tanto. Felizmente, fiquei no primeiro grupo.

Sempre ouve uma comparação entre a série e A Seleção, mas não vi grande semelhanças além do castelo e o triângulo, já que todo o resto é bem diferente, desde os personagens à mitologia. Victoria conseguiu criar um mundo novo que, mesmo causando um pouco de confusão inicial, foi muito bem desenvolvido. Vários poderes são delineados para as diferentes Casas e todos são bem interessantes, mesmo que alguns se destaquem mais. E diferente de A Seleção, que foca no triângulo Maxon/America/Aspen, A Rainha Vermelha desenvolve mais a "ascensão" de Mare do que o triângulo entre ela, Maven e Cal, propriamente dito - digo até que ele fica em segundo plano. Além disso, a todo momento a história sofre uma reviravolta, quase nos deixando sem fôlego. Mare se mete em mais enrascadas só nesse livro do que muito personagem em uma série inteira, sem sombra de dúvidas.

sábado, 19 de agosto de 2017

[Resenha] Cidade dos Anjos Caídos - Cassandra Clare

Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 364
Classificação: 3.5/5 estrelas
Título Original: The Mortal Instruments - City of Fallen Angels

A guerra acabou e Caçadores de Sombras e integrantes do submundo parecem estar em paz. Clary está de volta a Nova York, treinando para usar seus poderes. 

Tudo parece bem, mas alguém está assassinando Caçadores e reacendendo as tensões entre os dois grupos, o que pode gerar uma segunda guerra sangrenta. Quando Jace começa a se afastar sem nenhuma explicação, Clary começa a desvendar um mistério que se tornará seu pior pesadelo.

Resenha:

"Juro por nós dois. (...) Porque não existe nada em que eu acredite mais." - Jace.

Cidade de Vidro foi um livro perfeito, por isso estava bastante ansioso para ler os próximos da série, mas acabei demorando um pouco porque queria ler os livros da Cassandra pela ordem de publicação, ou seja, revezando os três últimos com As Peças Infernais.

A maioria dos personagens está bem diferente, principalmente Clary, que está mais "solta" e segura de si, na medida do possível. Simon também ganha mais destaque nesse livro, o que nos faz conhecer um novo personagem interessante e que possui uma ligação com outra certa personagem. Mas o plot envolvendo Jace é, de longe, o que mais chama atenção e que motiva a passarmos as páginas para chegar logo na resolução do problema. Foi o livro que o personagem mais esteve indefeso até agora na série, sem dúvidas. Já Izzy nos presenteia com vários momentos badass, mostrando a mulher forte que é, mesmo após a morte de Max. Por fim, Alec e Magnus, apesar de não receberem tanto destaque, também conseguem uma boa história para ser trabalhada.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

[Crítica] Shadowhunters - 2x20: Beside Still Water (Season Finale)


"Quando se traz alguém de volta, sempre há uma consequência."

Review:
(Spoilers Abaixo)

A Season Finale de Shadowhunters finalmente chegou e, felizmente, tivemos um ótimo episódio para encerrar a segunda temporada. E como um fim de temporada digno de uma guerra, cabeças rolaram em Beside Still Water.

Começando pelo mais importante, todo o plot de Valentine em busca do controle do submundo, agora que possuía todos os instrumentos mortais. Toda a sequência foi bem dirigida e todos estiveram ótimos em cena, principalmente Katherine McNamara. Não era segredo para ninguém que ela era uma das mais limitadas do elenco, mas entregou uma ótima atuação na cena, que possuiu vários elementos da original presente em Cidade de Vidro.

A mudança de Clary como assassinada de Valentine foi muito bem vinda, pois bem mais impactante do que o assassino original dos livros, afinal, apesar de não terem o real sentimento, eles ainda continuam pai e filha. Ele, inclusive, esteve bem parecido com o personagem nos livros, que sempre fazia questão de dizer que amava os filhos, apesar da forma torta de demonstrar e causou realmente essa impressão. Apesar disso, houveram pontos negativos, como o esquecimento de Jocelyn por parte de Clary quando Raziel a concedeu um pedido. Por mais que fosse escolher Jace, óbvio, uma indecisão momentânea poderia ter lhe ocorrido. Mas ainda assim não deixou de ser uma linda cena Clace, depois de tantos desencontros e cu doce dela durante a temporada.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

[Resenha] Anjo Mecânico - Cassandra Clare

Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 392
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: Clockwork Angel

Tessa Gray tem um anjinho mecânico pendurado no pescoço, um presente de família do qual nunca se separa. O tique-taque do pingente faz com que ela se sinta segura junto à lembrança dos pais, que já morreram. 

Mal sabe Tessa que esse barulhinho muito em breve vai se tornar o odioso som de um exército comandado por forças do Submundo. Com os Caçadores de Sombras e seu recém-descoberto poder sobrenatural, ela enfrentará uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das trevas na Londres vitoriana.

Resenha:

"Tique-taque, começou a bater o coração mecânico em seus dedos..."

Sempre escutei comentários extremamente positivos sobre a trilogia As Peças Infernais, por isso a curiosidade para lê-la sempre foi grande, mas demorei porque queria intercalar a trilogia com os três últimos de Os Instrumentos Mortais.

Os personagens, assim como os de TMI, são cativantes e é fácil nos identificarmos e torcermos por eles. Tessa é uma ótima protagonista e consegue mostrar sua força, mesmo estando em um mundo novo e desconhecido. Will é parecido com Jace, mas diferente desse, gostei dele logo de cara e se tornou o meu favorito. Mas isso não tira os méritos de Jem, que também é bem desenvolvido, principalmente por toda a história triste que o cerca. Cassandra conduz o triângulo tão bem, que é impossível você "odiar" um dos dois por gostar de outro, como é comum em outras histórias. Os demais personagens também reservam boas surpresas com o passar da história.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

[Crítica] Shadowhunters - 2x19: Hail and Farwell


O acerto de contas.

Review:
(Spoilers Abaixo)

A Season Finale da segunda temporada de Shadowhunters é só na próxima semana, mas as coisas no mundo dos caçadores de sombras já começaram a esquentar e ficarem mortais nesse penúltimo episódio, começando com a dupla "se juntas já causam, imagina juntas", Sebastian e Valentine. É perceptível o quanto Sebastian quer, no fundo, agradar Valentine e se mostrar um bom filho, mesmo com todo o ressentimento que ele ainda guarda. Chega até a ser repetitivo elogiar a atuação de Will Tudor, mas ele está mesmo incrível.

Toda a sequência da luta expôs ainda mais essa vontade de Sebastian, em virtude de seu surto de raiva quando Jace afirmou que Valentine gostava mais dele por não tê-lo jogado no inferno como o "irmão". Dominic Sherwood também fez um bom trabalho, principalmente com suas respostas e provocações ao estilo do Jace que conhecemos no início da série - convencido de que é o melhor em tudo. Até Izzy teve seu momento de brilhar durante a cena, quando cuspiu todo o ódio que sente de Sebastian por tentar matar Max, ajudando Jace a finalizar o serviço. Quem mandou mexer com a dona dessa série?!Vale lembrar ainda que a cena honrou o final do terceiro livro, pois o acerto de contas entre Jace e Sebastian é praticamente igual a esse, com poucas mudanças. Estou ansioso para ver como Sebastian retornará a série e espero que não demore pois como todos sabemos, ele foi o responsável pelos melhores momentos dessa segunda parte da temporada.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

[Resenha] Mentirosos - E. Lockhart

Autora: E. Lockhart
Editora: Seguinte
Páginas: 272
Classificação: 3/5 estrelas
Título Original: We Are Liars

Os Sinclair são uma família rica e renomada, que se recusa a admitir que está em decadência e se agarra a todo custo às tradições. Assim, todo ano eles passam as férias de verão numa ilha particular. Cadence — neta primogênita e principal herdeira —, seus primos Johnny e Mirren e o amigo Gat são inseparáveis desde pequenos, e juntos formam um grupo chamado Mentirosos. Cadence admira Gat por suas convicções políticas e, conforme os anos passam, a amizade com aquele garoto intenso evolui para algo mais.

Mas tudo desmorona durante o verão de seus quinze anos, quando Cadence sofre um estranho acidente. Ela passa os próximos dois anos em um período conturbado, com amnésia, depressão, fortes dores de cabeça e muitos analgésicos. Toda a família a trata com extremo cuidado e se recusa a dar mais detalhes sobre o ocorrido… até que Cadence finalmente volta à ilha para juntar as lembranças do que realmente aconteceu.

Resenha:

Na família Sinclair, ninguém é carente, criminoso, viciado ou fracassado. Mas talvez isso seja mentira.

Há muito tempo queria ler Mentirosos, pois toda uma hype criou-se quando ele foi lançado - tanto aqui, como nos EUA. E como todo mundo dizia que o menos que você soubesse sobre a história seria melhor, sempre fugia de posts que envolvessem o livro.

A história realmente consegue nos prender! A escrita de E. Lockhart é viciante, cheia de metáforas e duplo sentido, nos instigando a continuar lendo para descobrir o que aconteceu no verão dos quinze. Apesar de ter descoberto o real mistério a partir de um determinado momento, ao finalizar o livro é perceptível quantas pistas a autora deixou durante a história, ou seja, foi o típico plot twist que sempre esteve ali mas algumas pessoas que não perceberam.

domingo, 6 de agosto de 2017

[Crítica] Shadowhunters - 2x17/18: A Dark Reflection / Awake, Arise, or Be Forever Fallen


"I am her brother. She loves me."

Review:
(Spoilers Abaixo)

Não era segredo para ninguém que assim que chegasse em Shadowhunters, Sebastian iria tomar toda a atenção para si. Por mais que possua algumas diferenças entre os livros, ainda assim. Apesar de haver várias diferenças entre o Sebastian dos livros e o da série, a que mais está em evidência é que este possui - mesmo que poucos - momentos onde "questiona" as atitudes do pai, por este o ter largado no inferno. A cena onde Sebastian grita descontrolado que Clary é sua irmã e o ama já entrou para a lista de melhores da série, sem sombra de dúvidas. A introdução destes momentos é até interessante, pois a série não tenta humanizá-lo com eles; apenas quer demonstrar o quanto instável ele é mentalmente por tudo o que passou.

Prova disso é que no episódio seguinte, tivemos um Sebastian carregado em seu lado doentio, tentando terminar o serviço que começou no anterior, ao tentar matar Max - chegando até a ameaçar a própria Clary, que ele sabe que é sua irmã mas ainda assim beijou à força (!). Como já disse antes, um dos maiores problemas da série é a rapidez com que as coisas são reveladas, poderiam ter aproveitado Sebastian muito mais antes de revelá-lo para os demais personagens como o grande vilão; mas, ainda assim, é gratificante ver o quanto Will Tudor está ótimo e consegue passar com maestria todas essas nuances do personagem.

E já que citamos Max, foi bastante decepcionante a série não matá-lo. Nos livros, não é criado uma ligação entre ele e o leitor, mas ainda assim sua morte é chocante; então imaginem quanto mais isso seria na série, que veio colocando-o em evidência nas últimas semanas? Confesso que não estava cem por cento confiante de que iriam mesmo matá-lo, então não foi total surpresa, mas isso ainda rendeu mais um climão entre Cassandra Clare (autora dos livros) e a equipe da série, pois um roteirista disse que eles não seriam "sem corações ao ponto de matar o garoto", fato ironizado por Cassie. Não sei se em um momento futuro chegarão a dar um fim ao personagem, mas que perderam um grande plot twist para a série é inegável - diferente da morte de Jocelyn, que foi bastante gratuita.