segunda-feira, 20 de junho de 2022

[Resenha] As Elizas - Sara Shepard

Autora:
Sara Shepard
Editora: HarperCollins Brasil
Páginas: 384
Nota: 4/5 estrelas
Título Original: The Elizas
Classificação: 16 anos

Quando a escritora estreante Eliza Fontaine é encontrada no fundo da piscina de um hotel, sua família acredita ter sido mais uma tentativa de su1cíd1o fracassada.

Mas Eliza jura que foi empurrada, e sua única testemunha é quem a salvou. Desesperada para encontrar o culpado, Eliza toma para si a investigação do caso. Mas, conforme a data de lançamento do seu primeiro livro se aproxima, ela se vê com mais perguntas do que respostas.

Por que a editora, agente e a família estão misturando os acontecimentos de sua vida com os de seu livro? Ele não é totalmente ficcional?

⚠️ Gatilhos: Abuso/vícios de drogas; tentativa de su1cíd1o (menção); t0rtur4 animal (menção).

Resenha:

"- Mas esse é o grande segredo: nada é cem por cento real. Essa é, apenas, a sua versão."

Gostei bastante de Eliza e a forma como Sara Shepard a construiu. Eliza é uma personagem instável, egoísta e até mesmo sádica, em certos pontos, por isso foi divertido acompanhá-la, pois todas suas dúvidas eram possibilidades de serem verdade. Ela praticamente engole todos os outros personagens e nenhum é tão memorável quanto, mas gostei de sua interação com Desmond.

quinta-feira, 16 de junho de 2022

[Resenha] Deadfall: A Caçada - Anna Carey

Autora:
Anna Carey
Editora: Plataforma 21
Páginas: 224
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: Deadfall

Há uma semana a garota acordou sobre os trilhos de Los Angeles sem se lembrar quem ela é. E descobriu que faz parte de um jogo. Mas a única coisa de que tem certeza é que estão tentando matá-la. 

Depois de ter sido traída por seu único amigo, ela foge para Nova York com um garoto que diz conhecê-la. Mas será que pode confiar nele? O que adianta encontrar os outros? Quem são essas pessoas? À medida que a perseguição esquenta, ela vai aos poucos recuperando a memória. Porém, seu passado não pode salvá-la, e um só movimento errado pode acabar com este jogo.

Nota: A resenha contém spoilers do primeiro livro, Blackbird.

Resenha:

O jogo só acaba quando você estiver morta.

O ponto positivo de Deadfall é manter o ritmo do anterior. Para falar a verdade, eles poderiam ter sido unidos em apenas um livro, mas a editora original deve ter planejado a divisão para lucrar mais. Mas com Sunny já tendo conhecimento da organização que causou a perda de sua memória e o porquê, a história é frenética e bem mais mortal, já que há mais personagens que em Blackbird, fazendo a contagem de corpos ser maior.

terça-feira, 14 de junho de 2022

[Resenha] Blackbird: A Fuga - Anna Carey

Autora:
Anna Carey
Editora: Plataforma 21
Páginas: 228
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: Blackbird

Uma garota acorda nos trilhos do metrô de Los Angeles sem lembrar quem é. Há uma mochila a seus pés contendo uma troca de roupas, mil dólares em espécie, um número de telefone e a instrução “Não ligue para a polícia”.

Perguntas rodopiam em sua cabeça: Quem é ela? Como chegou ali? O que ela fez? O que significa a tatuagem de um pássaro e o código FNV02198 em seu pulso? Ela mal tem tempo para descobrir sua identidade, e logo percebe que está sendo caçada. Precisa fugir desesperadamente. Não sabe quem são eles, não sabe em quem confiar.

Resenha:

Como confiar em alguém quando você não se  lembra de nada?

A premissa de Blackbird sempre me despertou curiosidade, então pouco tempo depois de conseguir o box com a duologia, iniciei a leitura.

Gostei muito da protagonista (não revelarei o nome por motivos óbvios). Ela é uma personagem "simples", mas é fácil ficar envolvido na história e ir descobrindo as coisas junto com ela. Há outros personagens que vão sendo introduzidos aos poucos, mas como já é comum em livros desse estilo, é difícil confiar na maioria. Apesar disso, gostei de Ben também.

domingo, 12 de junho de 2022

[Resenha] Zac e Mia - A. J. Betts

Autora:
A. J. Betts
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: Zac e Mia

A última pessoa que Zac esperava encontrar em seu quarto de hospital era uma garota como Mia - bonita, irritante, mal-humorada e com um gosto musical duvidoso.

No mundo real, ele nunca poderia ser amigo de uma pessoa como ela. Mas no hospital as regras são diferentes. Uma batida na parede do seu quarto se transforma em uma amizade surpreendente.

Será que Mia precisa de Zac? Será que Zac precisa de Mia? Será que eles precisam tanto um do outro? Contada sob a perspectiva de ambos, Zac e Mia é a história tocante de dois adolescentes comuns em circunstâncias extraordinárias.

Resenha:

"Quando estamos juntos, ninguém cai, desaba ou desiste."

Eu já havia visto a capa de Zac e Mia algumas vezes, mas nunca lido sobre o que era a história - culpa da arte feia, vamos combinar. O mesmo aconteceu com a série: eu sabia da existência, mas nunca havia parado para ler a premissa. Até que uns dias atrás, o pôster dela surgiu para mim outra vez e após ler a sinopse, minha ação seguinte foi pegar o e-book.

Como um fã de A Culpa é das Estrelas e A Cinco Passos de Você, eu não podia deixar Zac e Mia passar. E amei a leitura.  A. J. Betts e criou uma história e personagens envolventes e que fazem você torcer por eles, principalmente Zac. Ele é aquele típico que transforma as próprias desgraças em ironia, e quase sempre esses personagens ácidos me conquistam. Mia foi um pouco mais complicada, mas é óbvio que foi intencional por parte da autora, e com o passar da história, vamos desvendando suas camadas.

sexta-feira, 10 de junho de 2022

[Resenha] Senhor das Moscas - William Golding

Autor:
William Golding
Editora: Alfaguara
Páginas: 216
Nota: 3,5/5 estrelas
Título Original: Lord of the Flies
Classificação: 18 anos

Durante a Segunda Guerra Mundial, um avião cai numa ilha deserta e os únicos sobreviventes são um grupo de meninos. Liderados por Ralph, eles procuram se organizar enquanto esperam um possível resgate.

Mas aos poucos esses garotos aparentemente inocentes transformam a ilha numa visceral disputa pelo poder, e sua selvageria rasga a fina superfície da civilidade.

Ao narrar essa história sobre meninos perdidos numa ilha, aos poucos se deixando levar pela barbárie, Golding constrói uma reflexão sobre o limite entre o poder e a violência desmedida. 

Senhor das moscas mantém o mesmo impacto desde seu lançamento: um clássico moderno que retrata de maneira inigualável as áreas de sombra e escuridão da essência do ser humano.

Resenha:

"— Quando a gente está caçando, às vezes sente que não está caçando, mas... sendo caçado; como se tivesse alguma coisa atrás de você o tempo todo no meio da selva."

Quando você tira a civilidade do ser humano, o que resta? Responder essa pergunta é a missão principal de Senhor das Moscas, mostrando crianças voltando ao estágio primitivo do homem ao se verem em um local desprovido de regras sociais e comportamentais. E por mais que William Golding faça isso brilhantemente, essa foi uma leitura díficil em vários aspectos.

Mesmo sendo um livro curto - só 216 páginas -, demorei vários dias para finalizá-lo, porque além da escrita bastante densa e propositalmente confusa em alguns momentos, o início é bem lento. Unido à isso, a maior parte dos personagens, mesmo sendo crianças, são desprezíveis. Claro que era a intenção do autor, então acaba sendo um ponto positivo, mas é difícil se apegar a qualquer um além de Porquinho e Simon, os únicos "conscientes" no meio de tanto sadismo.

quarta-feira, 8 de junho de 2022

[Resenha] Romance Real - Clara Alves

Autora:
Clara Alves
Editora: Seguinte
Páginas: 264
Nota: 4/5 estrelas
Classificação: 12 anos

Dayana deixou o Rio de Janeiro para trás e está de mudança para Londres. Há pouco tempo, seu maior sonho era visitar o país da One Direction, sua banda preferida, mas agora ela tem certeza de que está vivendo um pesadelo.

Depois de dez anos sem encontrar o pai, ela se vê obrigada a morar com o homem que a abandonou, a mulher dele e sua filha ― a família perfeita que Dayana nunca teve. Tudo isso enquanto tenta lidar com o luto pela morte recente da mãe.

O que ela não imaginava era que, logo em seus primeiros dias ali, iria esbarrar em uma ruiva charmosa pulando as grades do Palácio de Buckingham. À medida que se aproximam e se ajudam a enfrentar os conflitos pelos quais estão passando, as duas se apaixonam. Mas Dayana tem certeza de que a garota está escondendo algo sobre sua relação com a família real…

Será que Londres conseguirá curar o coração de Dayana e dar a ela um final feliz?

Resenha:

"Quando eu estava com Diana, não era exatamente como se me sentisse inteira; eu não seria tão clichê. Mas a gente se ajudava a juntar os caquinhos e se sentir normal, apesar dos remendos."

Depois de Vermelho, Branco e Sangue Azul, é impossível resistir a qualquer história que envolva um romance com realeza. Por isso, fiquei bem animado por Romance Real quando ele foi anunciado - e One Direction estar presente na história foi um bônus ainda melhor.

segunda-feira, 6 de junho de 2022

[Resenha] A Ponte Entre Reinos - Danielle L. Jensen

Autora:
Danielle L. Jensen
Editora: Seguinte
Páginas: 416
Nota: 4/5 estrelas
Título Original: The Bridge Kingdom
Classificação: 16 anos

Lara é uma princesa treinada para ser uma espiã letal. Ela tem duas certezas: 1) o rei Aren de Ithicana é seu maior inimigo; 2) ela será a responsável por destruí-lo.

Por ser a única rota possível num mundo assolado por tempestades, a ponte de Ithicana gera poder e riqueza ― e a miséria dos territórios vizinhos, entre eles a terra natal de Lara. Então, quando é enviada para cumprir um acordo de paz e se casar com Aren, Lara está decidida a descobrir todas as fraquezas desse reino impenetrável.

Mas, conforme se infiltra em seu novo lar e entende o preço que Ithicana paga para manter o controle da ponte, Lara começa a questionar suas convicções. E, quando seus sentimentos por Aren passam da hostilidade para uma paixão intensa, ela terá de escolher qual reino vai salvar ― e qual vai destruir.

Resenha:

"Mordendo os lábios, Lara se esforçou para conter o sorriso. Ele poderia até ser um caçador. Mas estava enganado se achava que ela seria a presa."

O grande acerto de A Ponte Entre Reinos é Lara e Aren e a interação dos dois. Enemies to lovers existem aos montes, então a sensação de se deparar com uns que parecem trazer um frescor para a trope, como eles conseguiram, é perfeita. E até difícil escolher o meu favorito, porque ambos foram muito bem construídos. Aliás, todos os personagens do livro. Literalmente não existe um ruim, porque todos têm importância e um momento de destaque.