Editora: Alfaguara
Páginas: 216
Nota: 3,5/5 estrelas
Título Original: Lord of the Flies
Classificação: 18 anos
Compre: Amazon Brasil
Durante a Segunda Guerra Mundial, um avião cai numa ilha deserta e os únicos sobreviventes são um grupo de meninos. Liderados por Ralph, eles procuram se organizar enquanto esperam um possível resgate.
Mas aos poucos esses garotos aparentemente inocentes transformam a ilha numa visceral disputa pelo poder, e sua selvageria rasga a fina superfície da civilidade.
Ao narrar essa história sobre meninos perdidos numa ilha, aos poucos se deixando levar pela barbárie, Golding constrói uma reflexão sobre o limite entre o poder e a violência desmedida.
Senhor das moscas mantém o mesmo impacto desde seu lançamento: um clássico moderno que retrata de maneira inigualável as áreas de sombra e escuridão da essência do ser humano.
Resenha:
"— Quando a gente está caçando, às vezes sente que não está caçando, mas... sendo caçado; como se tivesse alguma coisa atrás de você o tempo todo no meio da selva."
Quando você tira a civilidade do ser humano, o que resta? Responder essa pergunta é a missão principal de Senhor das Moscas, mostrando crianças voltando ao estágio primitivo do homem ao se verem em um local desprovido de regras sociais e comportamentais. E por mais que William Golding faça isso brilhantemente, essa foi uma leitura díficil em vários aspectos.
Mesmo sendo um livro curto - só 216 páginas -, demorei vários dias para finalizá-lo, porque além da escrita bastante densa e propositalmente confusa em alguns momentos, o início é bem lento. Unido à isso, a maior parte dos personagens, mesmo sendo crianças, são desprezíveis. Claro que era a intenção do autor, então acaba sendo um ponto positivo, mas é difícil se apegar a qualquer um além de Porquinho e Simon, os únicos "conscientes" no meio de tanto sadismo.
É apenas nos três últimos capítulos que a história tem um giro de 360º e o caos domina a ilha. A partir daí são acontecimentos bizarros, nojentos e eletrizantes, nos fazendo ter pena até mesmo de personagens antes odiáveis. O momento com o tal "Senhor das Moscas", então, despensa comentários.
Agora entendo o porquê da hype sobre Senhor das Moscas e acho válida a leitura, mas não nego que esperava gostar mais. Dos dois filmes, vi apenas o de 1990 e somente a mudança em relação ao "Senhor das Moscas" me incomodou, mas fora isso achei uma adaptação condizente com a obra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário