segunda-feira, 21 de agosto de 2017

[Resenha] A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard

Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Páginas: 422
Classificação: 4.5/5 estrelas
Título Original: Red Queen

O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.

Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?

Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.

Resenha:

Uma sociedade dividida pelo sangue. Um jogo definido pelo poder.

Desde que vi a capa de A Rainha Vermelha, a história me chamou atenção. Acabei adiando a compra por várias vezes, mas ao me dar conta de que a série em breve terá seu último livro publicado, decidi correr e ler para ver se gostaria dela, afinal os comentários sobre esse primeiro volume eram bem relativos; uns adoraram, outros nem tanto. Felizmente, fiquei no primeiro grupo.

Sempre ouve uma comparação entre a série e A Seleção, mas não vi grande semelhanças além do castelo e o triângulo, já que todo o resto é bem diferente, desde os personagens à mitologia. Victoria conseguiu criar um mundo novo que, mesmo causando um pouco de confusão inicial, foi muito bem desenvolvido. Vários poderes são delineados para as diferentes Casas e todos são bem interessantes, mesmo que alguns se destaquem mais. E diferente de A Seleção, que foca no triângulo Maxon/America/Aspen, A Rainha Vermelha desenvolve mais a "ascensão" de Mare do que o triângulo entre ela, Maven e Cal, propriamente dito - digo até que ele fica em segundo plano. Além disso, a todo momento a história sofre uma reviravolta, quase nos deixando sem fôlego. Mare se mete em mais enrascadas só nesse livro do que muito personagem em uma série inteira, sem sombra de dúvidas.

Os personagens são bem construídos - mesmo que alguns possuam certos clichês, como Maven e o karma de filho "segunda opção" por ser o mais novo - e você gosta de todos. E no típico triângulo onde, por mais que você escolha um preferido, as duas pontas têm qualidades para merecer a protagonista. A construção de Mare foi bem humana; torcemos por ela, mas em certos momentos desejamos sacudi-la. Maven lembra um pouco Maxon, não só pelo nome, mas pelo seu jeito atencioso e disposto a ajudar Mare; enquanto Cal faz o mesmo, mas sendo o típico mais reservado.

O único ponto negativo na história é Victoria deixar implícito inúmeras vezes quem é o real vilão, o que acaba tirando um pouco da surpresa. Mesmo que eu já tenha recebido spoilers e soubesse desde o início, com certeza teria sacado a verdade por conta desses momentos. Ainda assim, sua crueldade causa surpresa por seus atos cada vez mais perversos depois que tudo vem à tona. O plot twist para a continuação também é bem instigante, nos deixando querer lê-la logo em seguida.

Gostei bastante do livro, do mundo e dos personagens para a série. Meu único problema foi realmente essas dicas do vilão deixadas durante a história, mas isso não tirou o brilho e pontos positivos da obra. Estou mais que ansioso para ler Espada de Vidro, e espero que seja tão bom quanto esse primeiro.

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