segunda-feira, 2 de março de 2015

[Crítica] Delirium (Piloto)


Direção: Rodrigo García
Duração: 42 minutos
Ano: 2014
Emissora: FOX / HULU
Título Original: Delirium

Nota: Essa crítica foi escrita em junho de 2014.

Crítica:
(Spoilers Abaixo)

O amor é uma doença.

Quem acompanha o mundo dos seriados ou de adaptações literárias deve saber que em 2013, a FOX anunciou a produção de uma série baseada na trilogia Delírio, de Lauren Oliver. Depois de uma longa espera, nós fãs recebemos um balde de água fria quando a emissora anunciou que não havia aprovado o Piloto, surpreendendo a todos pois o possível show era a maior aposta para Fall Season na época.

Porém, em junho de 2014, após uma extensa campanha dos fãs dos livros, o streaming Hulu anunciou que disponibilizaria o episódio por 30 dias. E apesar de não ser a série mesmo, fiquei feliz, pois queria ver como o episódio ficou, principalmente porque sou muito fã de Emma Roberts, Daren Kagasoff e Gregg Sulkin.


Desde o início, já estava preparado para mudanças e, realmente, há várias. Como o fato de Lena morar com a irmã, Rachel, e não com a tia, como nos livros; e Hana ser morena. Apesar disso, gostei bastante do Piloto, pois a essência da história estava lá e isso era o mais importante. Emma e Daren estavam incríveis e fiéis à Lena e Alex, e a química dos dois foi instantânea. Assim como Gregg e Jeanine Mason: eles estiveram perfeitos como Julian e Hana.

Acredito que o maior erro do Piloto foi uma mudança em relação aos pais de Lena e a decisão de resumir todo o primeiro livro em um único episódio. O universo de Delírio é complexo e precisa de calma para estabelecer pontos, por isso resumir tudo em 42 minutos não foi uma boa decisão - a relação de Lena e Alex pode parecer até um instalove, apesar da já citada química dos atores, para quem não leu os livros. Se a série fosse extensa, seria compreensível, mas são apenas três volumes, o que talvez causasse mais distanciamento das obras em certo ponto.

Mesmo assim, eles foram bem fiéis no sentido da trama. Há várias cenas e quotes recriados do livro e isso me deixou em êxtase. Também achei positiva a introdução de Julian e Fred - personagens que só aparecem posteriormente -, já que todos achavam que a série seria escolhida, então eles teriam tempo, sim, para desenvolvê-los. O próprio Julian, inclusive, teve um novo "par romântico" e não vou mentir que foi interessante e queria ter visto mais disso. Entretanto, ao mesmo tempo que introduziram personagens futuros, cortaram outros bem importantes, como Grace, prima de Lena. Acho que foi a maior baixa, devido ao que ela representa nos livros.

Fiquei bem surpreso pela Fox ter desistido do Piloto, pois além dele ter sido bem produzido, as distopias estão em alta, com o sucesso de Jogos Vorazes e Divergente; além de a história em si ser mesmo muito boa. Talvez esse lançamento em parceria com o Hulu seja uma tentativa de dar uma segunda chance ao show - essa prática de pilotos não pegos serem liberados não é tão comum, por exemplo, com os de A Seleção, que foram DOIS mas nenhum viu a luz do dia. Por isso, torço para que a emissora dê uma nova chance para o projeto, seja como série de TV ou filme. Delirium tem todos os requisitos para agradar o público e ter um bom retorno para a emissora.

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