Autores: David Levithan & Rachel Cohn
Editora: Galera Record
Páginas: 256
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: Naomi & Ely's No Kiss List
A quintessência menina-gosta-de-menino-que-gosta-de-meninos. Uma análise bem-humorada sobre relacionamentos. Naomi e Ely são amigos inseparáveis desde pequenos. Naomi ama Ely e está apaixonada por ele.
Já o garoto, ama a amiga, mas prefere estar apaixonado, bem, por garotos. Para preservar a amizade, criam a lista do não beijo — a relação de caras que nenhum dos dois pode beijar em hipótese alguma. A lista do não beijo protege a amizade e assegura que nada vá abalar as estruturas da fundação Naomi & Ely. Até que… Ely beija o namorado de Naomi. E quando há amor, amizade e traição envolvidos, a reconciliação pode ser dolorosa e, claro, muito dramática.
Resenha:
Dizer que é amigo de alguém é fácil. Ser amigo de verdade, não.
Desde que assisti Naomi & Ely e a Lista do Não Beijo (tem na Netflix e até mesmo no YouTube, para quem se interessar) e descobri que o filme era a adaptação de um livro, quis lê-lo, pois adorei o longa. Confesso que, de início, a pontuação média do livro no Skoob me deixou receoso, mas ao finalizar a leitura, respirei aliviado porque a história é muito boa!
Começando pelos personagens, que é algo que o livro tem para dar e vender, quase todos narram a história e são bem desenvolvidos, mas o destaque fica por conta de Naomi, Ely, Gabriel e Bruce, o Segundo; afinal são os quatro me movem o plot principal do livro. O ponto mais positivo do livro foi a construção em torno dessa traição de Ely para com Naomi pois, mesmo que ele estivesse errado, ela também não é totalmente santa já que estava apenas Bruce para fingir que não gostava de Naomi - e o próprio Bruce a usava para fugir de quem ele realmente era. Ou seja, todos são culpados, todos erram e acertam... todos são humanos!
O único realmente inocente no meio dessa confusão é Gabriel, que foi meu personagem tanto no livro quanto no filme, por termos pensamentos bastante semelhantes. Apesar disso, é impossível não torcer para que as coisas se acertem entre esse quadruplo amoroso. Mas não é apenas sobre os romances e a briga que a história foca. Em determinado momento, começamos a ver e descobrir os problemas familiares de alguns personagens, como Naomi e Gabriel, fazendo com que nosso carinho e identificação com eles só cresça mais ainda.
Não achei a narrativa confusa como quase todo mundo afirma ter sido, sempre consegui distinguir cada personagem - mesmo que o nome do mesmo estivesse escrito no início do capítulo, e achei que essa narração conjunta foi benéfica pois nos deu uma maior visão da história e de como essa briga entre Naomi e Ely era vista pelas pessoas em volta. Junto à isso, por ser um livro curto e com uma leitura fluída, é possível terminá-lo em poucas horas ou dias - eu terminei em dois. Na minha opinião, o único ponto negativo foi que durante a narração de Naomi, é comum ela usar símbolos e emojis para indicar ações. Alguns são bem fáceis de identificar, como o fone de ouvido; mas outros são mais complicados, o que causa confusão - um emoji chega até a representar duas palavras (!!), em certo momento.
No geral, eu gostei muito do livro, principalmente pelos autores terem desenvolvido a história - que pode acontecer com qualquer um e com certeza já aconteceu várias vezes - de uma forma crível. O final pode até ser um pouco previsível, mas isso não tira a sua graça, pois é o que o leitor espera e torce para que aconteça. Se você gostou do filme ou até de outros livros do David Levithan, com certeza curtirá a leitura.
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