Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Classificação: 3.5/5 estrelas
Título Original: Black Ice
Britt Pfeiffer passou meses se preparando para uma trilha na Cordilheira Teton, um lugar cheio de mistérios. Antes mesmo de chegar à cabana nas montanhas, ela e a melhor amiga, Korbie, enfrentam uma nevasca avassaladora e são obrigadas a abandonar o carro e procurar ajuda. As duas acabam sendo acolhidas por dois homens atraentes e imaginam que estão em segurança.
Os homens, porém, são criminosos foragidos e as fazem reféns. Para sobreviver, Britt precisará enfrentar o frio e a neve para guiar os sequestradores para fora das montanhas. Durante a arriscada jornada em meio à natureza selvagem, um homem se mostra mais um aliado do que um inimigo, e Britt acaba se deixando envolver. Será que ela pode confiar nele? Sua vida dependerá dessa resposta.
Resenha:
É difícil resistir ao perigo...
Lembro que fiquei bastante animado quando foi anunciado que o novo livro de Becca Fitzpatrick seria um thriller, porque se o suspense foi algo que ela introduziu perfeitamente na série Hush, Hush - um young adult -, imagine em um livro realmente do gênero? Infelizmente, isso não foi totalmente verdade e Gelo Negro foi uma das leituras mais controversas que tive esse ano, pois, mesmo sentindo uma perda de rumo em determinado momento da história, ainda assim gostei do resultado final.
A trama começa muito bem e nos deixa temerosos pelo que Britt encontrará na viagem, e as situações iniciais que a personagem passa nas mãos de seus sequestradores são extremamente bem feitas pela autora. É impossível não imaginar que o livro pode ser adaptado em um suspense futuramente, pois ele possui todos os pontos do gênero - até o famigerado prólogo de uma vítima inicial. Entretanto, após metade da história, tudo é transformado em um romance e finais previsíveis. E com isso, a identidade do assassino também não será mais surpresa - apesar de Becca não decepcionar quando tudo vem à tona, pois até os mínimos detalhes se encaixam. Os motivos para os crimes só conseguem nos deixar com mais nojo pois são inaceitáveis.
Mas o ponto alto do livro é o crescimento de Britt. No começo, é quase impossível não querer sacudi-la para que ela acorde para a vida por ser a típica garota que depende de todos, principalmente dos homens de sua vida, para realizar suas escolhas. Becca consegue desconstruir esse pensamento e transformá-la em uma menina segura de si, e foi muito bom acompanhar o processo. Britt também possui outro ponto positivo e essencial: sua inteligência, conseguindo manipular seus sequestradores em inúmeras situações. Mason também é bem construído pela autora, mas falar qualquer coisa sobre ele pode ser um spoiler, então só digo isso! Os demais personagens cumprem seus respectivos papéis: Calvin é o ex que se acha e que depois de perder Britt, decide reconquistá-la; e Korbie é a melhor amiga, mas que no fundo, possui uma relação de competitividade com Britt. Ela foi, sem dúvidas, a personagem que mais detestei no livro.
A ambientação e clima da história também merece elogios, pois a autora consegue nos fazer quase sentir aquele frio desesperador. E a leitura, mesmo com a já citada mudança de thriller para romance, continua envolvente e você quer terminá-la. O ponto negativo na conclusão da trama é que não temos informações sobre o destino de alguns personagens após o acontecido - e provavelmente nunca teremos, já que a autora não deixa pontas para uma continuação, felizmente.
No geral, gostei do livro mas ele não foi nem de longe o thriller que eu esperava. Não é uma história ruim, mas a sensação de que poderia ter sido melhor ainda vem no final da leitura. Apesar disso, recomendo caso você goste da escrita da autora, de romances ou de histórias onde a justiça prevalece no final.
A trama começa muito bem e nos deixa temerosos pelo que Britt encontrará na viagem, e as situações iniciais que a personagem passa nas mãos de seus sequestradores são extremamente bem feitas pela autora. É impossível não imaginar que o livro pode ser adaptado em um suspense futuramente, pois ele possui todos os pontos do gênero - até o famigerado prólogo de uma vítima inicial. Entretanto, após metade da história, tudo é transformado em um romance e finais previsíveis. E com isso, a identidade do assassino também não será mais surpresa - apesar de Becca não decepcionar quando tudo vem à tona, pois até os mínimos detalhes se encaixam. Os motivos para os crimes só conseguem nos deixar com mais nojo pois são inaceitáveis.
Mas o ponto alto do livro é o crescimento de Britt. No começo, é quase impossível não querer sacudi-la para que ela acorde para a vida por ser a típica garota que depende de todos, principalmente dos homens de sua vida, para realizar suas escolhas. Becca consegue desconstruir esse pensamento e transformá-la em uma menina segura de si, e foi muito bom acompanhar o processo. Britt também possui outro ponto positivo e essencial: sua inteligência, conseguindo manipular seus sequestradores em inúmeras situações. Mason também é bem construído pela autora, mas falar qualquer coisa sobre ele pode ser um spoiler, então só digo isso! Os demais personagens cumprem seus respectivos papéis: Calvin é o ex que se acha e que depois de perder Britt, decide reconquistá-la; e Korbie é a melhor amiga, mas que no fundo, possui uma relação de competitividade com Britt. Ela foi, sem dúvidas, a personagem que mais detestei no livro.
A ambientação e clima da história também merece elogios, pois a autora consegue nos fazer quase sentir aquele frio desesperador. E a leitura, mesmo com a já citada mudança de thriller para romance, continua envolvente e você quer terminá-la. O ponto negativo na conclusão da trama é que não temos informações sobre o destino de alguns personagens após o acontecido - e provavelmente nunca teremos, já que a autora não deixa pontas para uma continuação, felizmente.
No geral, gostei do livro mas ele não foi nem de longe o thriller que eu esperava. Não é uma história ruim, mas a sensação de que poderia ter sido melhor ainda vem no final da leitura. Apesar disso, recomendo caso você goste da escrita da autora, de romances ou de histórias onde a justiça prevalece no final.
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