Autora: Alyson Noël
Editora: Novo Século
Páginas: 248
Classificação: 3.5/5 estrelas
Título Original: Saving Zoë
Já se passou um ano desde o brutal assassinato de sua irmã mais velha, Zoe, e Echo, uma adolescente de quinze anos, ainda tem de lidar com os efeitos desta tragédia. Seus pais parecem anestesiados, seus amigos seguem a vida, e um estranho primeiro ano de escola prova que ela jamais estará à altura da memória da irmã.
Até que Marc, ex-namorado de Zoe, aparece com seu diário.
No início, Eco não fica muito interessada pelo assunto, duvidando que haja algo no diário que ela ainda não saiba. Mas quando finalmente a curiosidade prevalece, ela começa a ler. A imersão no mundo secreto de sua irmã é tão grande que suas vidas começam a se confundir, forçando Eco a descobrir a verdade que se esconde na vida de Zoe para que possa enfim reconstruir a sua própria vida.
Resenha:
A ligação de duas irmãs. Mesmo depois que uma delas já se foi.
Alyson Noël é uma autora que admiro bastante e foi muito importante para o meu eu leitor, afinal foi sua série Os Imortais é uma das motivadoras desse lado florescer. Por isso, além de suas séries YA sobrenaturais, também tinha coragem de ler seus contemporâneos, mesmo que não tenha o feito até o filme de Em Busca de Zoe ser lançado e ter me motivado mais.
Confesso que o livro não me conquistou de cara, principalmente por causa de Echo. Pelo fato de ter apenas quinze anos recém completos e ter perdido a irmã mais velha há pouco tempo, a personagem toma atitudes burras e infantis, principalmente após estar com o diário de Zoe. Mas com o passar da leitura, pude entendê-la, afinal é isso: ela é a irmã mais nova e isso acontece muito quando temos um irmão mais velho amado por todos; queremos ser igual.
Zoe foi bem misteriosa e era interessante ir descobrindo junto com Echo que essa figura de garota perfeita não era tão verdade assim. Alyson conseguiu trabalhar muito bem esse lado da perda e Em Busca de Zoe, apesar de não ser gráfico ao extremo, nos deixa mal quando terminamos; com uma sensação de perda, assim como Echo. Foi uma sensação bem parecida de quando li Cartas de Amor aos Mortos, por exemplo.
Apesar disso, acho que Alyson poderia ter trabalhado melhor alguns pontos, principalmente em relação ao assassinato de Zoe. Não há uma grande ligação entre ele e o ponto chave do diário, além de o final ser corrido. Isso foi uma mudança positiva no filme: tudo está interligado e o crime faz mais sentido. Ele - que está disponível na Netflix -, inclusive, é mais gráfico e aborda temas gatilhos não-vistos aqui. As irmãs Laura e Vanessa Marano interpretaram Zoe e Echo muito bem e foi uma adaptação positiva.
Para quem tem interesse no livro, recomendo lê-lo antes, mas o filme faz um bom trabalho para quem quer algo "mais rápido" (mas lembre-se que ele traz gatilhos para estupro e pornografia infantil). Mesmo com alguns pontos negativos, foi uma leitura válida e foi interessante ver a escrita de Alyson em um contemporâneo, apesar de ser vísivel seu crescimento em suas obras mais recentes.
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