domingo, 23 de outubro de 2016

[Crítica] The O.C. - 4ª Temporada

Status: Finalizada
Duração: 45 minutos
Nº de episódios: 16 episódios
Classificação: 3.5/5 estrelas
Exibição: 2006/2007
Emissora: Fox

Nota: Todas as quatro temporadas de The O.C. estão disponíveis na Netflix desde 15 de Outubro de 2016.


A temporada começa cinco meses após a morte de Marissa em um acidente de carro. Ryan começa a temporada de forma isolada, um homem de luto. No entanto, o amor contínuo da família Cohen e a compania da excêntrica Taylor Townsend vai guiá-lo de volta para a luz. 

Enquanto isso, Seth e Summer enfrentar os problemas de um relacionamento de longa distância já que Summer vai para a faculdade. A primeira metade da temporada foca nos personagens aceitar a realidade do luto. A segunda metade se concentra nos personagens "encontrar-se" enquanto enfrentam de crises de identidade.


O fim não está próximo, está aqui!

Review:

(Spoilers abaixo!)

Chegamos a quarta e última temporada de The O.C.! Antes de tudo, se você só está lendo as críticas sem ter visto a série - o que eu espero que não, afinal todas estavam recheadas de spoilers -, vai logo assisti-la! Brincadeira, só queria dizer o quanto foi ótimo relembrar as temporadas por base dessas críticas, pois é tanta série atrasada que me falta tempo para rever The O.C. desde o primeiro episódio. Então, sem mais delongas, vamos ver o que os últimos episódios nos reservaram!

Como eu disse na review da terceira temporada, quando o primeiro episódio dessa confirmou a morte de Marissa, foi um caos. Uns gritavam que a série havia acabado e que a largariam (eu estaria nesse grupo, se tivesse assistido a série nessa época, mesmo que não a largasse, de fato), os que a odiavam comemoraram; e ainda havia os que acreditavam que era marketing por parte da emissora para recuperarem a audiência perdida. Mas com a real confirmação da morte da personagem, a audiência da série caía semanalmente, resultando em seu cancelamento. E mesmo com um final planejado e todas as tramas finalizadas, a temporada mostrou que o show não tinha a mesma força sua "garota-problema" e foi um ano sofrível.


A temporada começa cinco meses após a morte de Marissa, mostrando como a vida abalada dos personagens após sua perda. Na minha opinião, esse quarto ano é dividido em dois momentos: o primeiro é esse, bem dramático e com todos lutando para colocarem suas vidas no eixo após a morte; enquanto o segundo consiste em episódios mais leves, com várias sequências cômicas. Ryan se isola dos Cohen e entra em uma fase de destruição própria, passando a lutar boxe e sempre perdendo de propósito, para que a dor física seja maior que a da perda de seu grande amor - podem chorar, é de graça! -, mas não desiste de vingar-se de Volchok, unindo-se com Julie para isso. Além disso, Ryan ainda precisa lidar com a volta do pai, que ele rejeita de todas as formas no início.

O momento que ele é introduzido no lado cômico é quando Taylor retorna da França casada e querendo o divórcio, pedindo sua ajuda para consegui-lo - rendendo em uma das cenas mais engraçadas da temporada, quando ela e o ex conversam em francês e Ryan fica apenas olhando, sem entender nada - e, por conta da ajuda, os dois acabam se envolvendo de verdade, que muitos acharam forçado. Apesar de shippar para sempre Ryrissa, aceitei o namoro, pois Ryan merecia ser feliz e Taylor era uma boa pessoa. Foi bom vê-lo com um ar mais leve e se abrindo mais para as pessoas à sua volta após todos os dramas e problemas que enfrentou. O que achei forçado apenas foi Taylor ter se tornado melhor amiga da Summer do nada; isso sim que denunciava a intenção de tratá-la como uma substituta de Marissa.

E falando em Summer, como ela me irritou no começo da temporada! Além de ter se transformado em uma hippie chata, ainda começou a tratar Seth mal por "estar insegura com o namoro à distância". Mesmo que estivesse sofrendo com a perda de Marissa, não havia motivos para tratá-lo daquele jeito; era um "hate" claramente intencional e forçado da parte dela, diferente das vezes que ela o ignorava antes dos dois se envolverem, por exemplo. Seth, por sua vez, não teve um grande plot nesse último ano, apenas trabalhando em uma loja de quadrinhos e chegando a fumar maconha com Kaitlin (foi engraçado, vamos assumir!). Ao menos apesar de toda essa briga, não fomos obrigados a vê-los com novos namorados, algo que perdeu a graça lá na 2ª temporada.


Kaitlin, como prometido, começa a fazer várias loucuras em Newport, mas nada ao nível "Marissa Cooper". Ao lado de Taylor e Julie, Kaitlin foi o alívio cômico e os melhores momentos da temporada foram dela, sem dúvidas. Era muito engraçado ver como a garota manipulava todos ao seu redor e a aposta entre ela e mãe, onde precisam ficar longe de homens e de confusões, respectivamente, rendeu momentos impagáveis. Ela teve até um namoro ao estilo cão e gato, que dificilmente falha quando retratado na TV. Seu único momento irritante foi quando Julie é introduzida em um triângulo amoroso com Bullit e Frank, pai de Ryan, e Kaitlin insiste que o primeiro é melhor e faz de tudo para vê-los juntos, mesmo sabendo que a mãe gosta mesmo de Frank.

Em questão de episódios, com certeza um dos mais memoráveis é o sétimo, que além de retratar mais um Natanukká - que é um feriado indispensável na série - nos engana com a possibilidade de vermos Marissa novamente, em uma espécie de realidade paralela. Com certeza, todo mundo que o assistiu surtou com essa chance, mas o balde de água fria veio logo em seguida, com Marissa morta também ali. Pior: há três anos, em uma overdose em Tijuana, já que naquela Newport paralela ela ainda não havia conhecido Ryan antes da fatídica noite. Pesado, Josh Schwartz, pesado.

Outro marcante foi o décimo quarto, aonde um terremoto abala a cidade e vemos as consequências do desastre no episódio seguinte. Julie e Kaitlin ficam presas na sorveteria do pier e ela enfim entende e respeita a escolha da mãe; Ryan e Taylor ficam presos na casa dela, e Seth parte para salvá-los; enquanto Kirsten corre risco de perder o bebê (sim, ela está grávida de novo!). No final, todos saem ilesos e os Cohen retornam para casa... que está totalmente destruída devido ao terremoto. Após uma passagem de seis meses, Ryan - que terminou com Taylor e esta retornou à França - e Seth, decidem comprar a casa onde os pais viveram antes de irem para Newport, porém ela agora é habitada por um casal gay que não quer vendê-la, resultando na ida de Sandy e Kiki até o local, onde a bolsa dela - agora com nove meses - rompe e Sophia Cohen nasce, emocionando os novos donos, que voltam atrás em sua decisão.


Já Julie também está esperando um filho e prestes a casar com Bullit, depois que Frank terminou com ela ao saber da gravidez. Mas ao descobrir o nascimento de Sophia, nega-se a casar, parte com Bullit e todos os outros para o local e recebe uma ligação de Frank pedindo desculpas. Porém, surpreendendo à todos, a mãe de Marissa e Kaitlin decide ficar sozinha e foca-se em seu objetivo: formar-se em uma faculdade, rendendo uma das cenas mais lindas de toda a temporada e da série.

O casamento de Seth e Summer, eternizando e confirmando o casal, também é lindo e deu aos personagens os finais que eles mereciam. Todos, aliás, tiveram seu final feliz depois de tantos percalços: Kaitlin enfim refez sua relação com a mãe e Sandy e Kirsten foram felizes com a chegada de Sophia. Nos momentos finais, vemos que Ryan e Taylor de fato não voltaram após o término - ao menos até aquele momento - e a última cena também é inesquecível: agora um arquiteto, Ryan vê um garoto na rua com o mesmo olhar triste que tinha ao ser resgatado por Sandy e pergunta se ele precisa de ajuda, da mesma forma que Sandy fez com ele anos atrás, finalizando o ciclo da série.

E aqui chegamos ao fim dessa maratona para relembrarmos The O.C. No geral, considero essa temporada a mais fraca, pois é visível que os produtores estavam perdidos com a saída de Mischa Barton e isso foi sentido nas ações dos personagens. Mesmo com vários momentos engraçados, se analisarmos friamente, nenhum é tão marcante como vários nas temporadas passadas - exceto, claro, o último episódio, repleto de saudosismo. Apesar disso, tenho total certeza que a série de uma forma geral, marcou não só a mim, mas à todos que a assistiram. Seria meu sonho termos um reencontro do elenco? Mas enquanto isso não ocorre, só nos resta rever os episódios. Obrigado por me acompanharem nesse especial e... California, here we come..

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