domingo, 30 de outubro de 2016

[Resenha] O Amor nos Tempos de #Likes - Pam Gonçalves, Bel Rodrigues, Hugo Francioni e Pedro Pereira

Autores: Pam Gonçalves, Bel Rodrigues, Hugo Francioni e Pedro Pereira
Editora: Galera Record
Páginas: 272
Classificação: 4.5/5 estrelas
Título Original: O Amor nos Tempos de #Likes

Os tempos mudaram, mas e o amor? Continua a dar aquele frio na barriga e fazer os jovens atravessarem quilômetros para viver uma paixão? Em "O Amor nos Tempos de #Likes", quatro booktubers se inspiram em três histórias da literatura para criar suas versões de contos românticos na era digital.

Uma bela, jovem e famosa youtuber com medo do amor; um casal inesperado em um encontro às escuras (literalmente) e dois meninos apaixonados por livros tentando entender quem são e o que querem são os protagonistas destes contos que evocam "Orgulho e Preconceito" (Pam Gonçalves), "Dom Casmurro" (Bel Rodrigues) e "Romeu e Julieta" (Pedrugo).

Resenha:

Viva o amor!

Eu já acompanhava a Pam e a Bel há um tempo, então fiquei bastante animado com o anúncio de que as duas escreveriam um livro juntas, em parceria com o Pedro e o Hugo. E o projeto ainda ganhou mais pontos comigo quando o título foi divulgado. Simplesmente genial e remete não só aos contos, mas aos romances na vida real atualmente. Cada conto foi inspirado em um clássico da literatura, mas como não li nenhum dos três - falta de cultura minha, eu sei! -, irei falar apenas da minha experiência com os contos em si.

O primeiro é Próximo destino: Amor, escrito pela Pam, foi inspirado em Orgulho e Preconceito e é o meu favorito. Como já falei, não o li, portanto não posso apontar as semelhanças entre as duas histórias; mas gostei bastante dos personagens. Liz e William são bem construídos e é muito fácil se identificar e torcer pelos dois. Um fato curioso é que, assim como em Boa Noite, o primeiro livro solo da Pam, me identifiquei mais com o protagonista masculino, mesmo possuindo alguns pontos em comum com a protagonista. Marquei várias citações - não só nesse, como nos outros - e o final nos deixa com um gostinho de quero mais; a Pam poderia escrever uma continuação, com certeza gostaria de saber como Liz e William estariam daqui um tempo.

domingo, 23 de outubro de 2016

[Crítica] The O.C. - 4ª Temporada

Status: Finalizada
Duração: 45 minutos
Nº de episódios: 16 episódios
Classificação: 3.5/5 estrelas
Exibição: 2006/2007
Emissora: Fox

Nota: Todas as quatro temporadas de The O.C. estão disponíveis na Netflix desde 15 de Outubro de 2016.


A temporada começa cinco meses após a morte de Marissa em um acidente de carro. Ryan começa a temporada de forma isolada, um homem de luto. No entanto, o amor contínuo da família Cohen e a compania da excêntrica Taylor Townsend vai guiá-lo de volta para a luz. 

Enquanto isso, Seth e Summer enfrentar os problemas de um relacionamento de longa distância já que Summer vai para a faculdade. A primeira metade da temporada foca nos personagens aceitar a realidade do luto. A segunda metade se concentra nos personagens "encontrar-se" enquanto enfrentam de crises de identidade.


O fim não está próximo, está aqui!

Review:

(Spoilers abaixo!)

Chegamos a quarta e última temporada de The O.C.! Antes de tudo, se você só está lendo as críticas sem ter visto a série - o que eu espero que não, afinal todas estavam recheadas de spoilers -, vai logo assisti-la! Brincadeira, só queria dizer o quanto foi ótimo relembrar as temporadas por base dessas críticas, pois é tanta série atrasada que me falta tempo para rever The O.C. desde o primeiro episódio. Então, sem mais delongas, vamos ver o que os últimos episódios nos reservaram!

Como eu disse na review da terceira temporada, quando o primeiro episódio dessa confirmou a morte de Marissa, foi um caos. Uns gritavam que a série havia acabado e que a largariam (eu estaria nesse grupo, se tivesse assistido a série nessa época, mesmo que não a largasse, de fato), os que a odiavam comemoraram; e ainda havia os que acreditavam que era marketing por parte da emissora para recuperarem a audiência perdida. Mas com a real confirmação da morte da personagem, a audiência da série caía semanalmente, resultando em seu cancelamento. E mesmo com um final planejado e todas as tramas finalizadas, a temporada mostrou que o show não tinha a mesma força sua "garota-problema" e foi um ano sofrível.


A temporada começa cinco meses após a morte de Marissa, mostrando como a vida abalada dos personagens após sua perda. Na minha opinião, esse quarto ano é dividido em dois momentos: o primeiro é esse, bem dramático e com todos lutando para colocarem suas vidas no eixo após a morte; enquanto o segundo consiste em episódios mais leves, com várias sequências cômicas. Ryan se isola dos Cohen e entra em uma fase de destruição própria, passando a lutar boxe e sempre perdendo de propósito, para que a dor física seja maior que a da perda de seu grande amor - podem chorar, é de graça! -, mas não desiste de vingar-se de Volchok, unindo-se com Julie para isso. Além disso, Ryan ainda precisa lidar com a volta do pai, que ele rejeita de todas as formas no início.

sábado, 22 de outubro de 2016

[Crítica] The O.C. - 3ª Temporada

Duração: 45 minutos
Nº de episódios: 25 episódios
Classificação: 4/5 estrelas
Exibição: 2005/2006
Emissora: Fox

Nota: Todas as quatro temporadas de The O.C. estão disponíveis na Netflix desde 15 de Outubro de 2016.

A temporada começa com Marissa sendo expulsa da escola Harbor após ter atirado em Trey para proteger Ryan. A família Cooper, fica sem dinheiro e é forçada a se mudar para um parque de trailers.

Marissa decide estudar em uma escola pública onde ninguém conheça sua história e, com isso, sua vida começa a ficar fora de controle. Os outros personagens olham para a faculdade, com Seth e Summer ambos competindo por uma vaga na Universidade Brown. 

A moral Sandy torna-se ameaçada quando ele assume a antiga posição de Caleb como chefe do Grupo Newport, perseguindo um projeto para estabelecer a habitação de baixa renda, em Newport. Já Ryan tenta resolver seus relacionamentos individuais com sua mãe e sua amiga de infância Theresa Diaz.


Review:
(Spoilers abaixo!)

O fim de uma era. Ou deveria dizer o fim de The O.C.?

Chegamos a 3ª e tão criticada temporada de The O.C. Vale lembrar mais uma vez que a review possui o maior spoiler de toda a série, então, se você ainda não terminou e não quer saber, só volte para ler o resto após finalizar a temporada. O motivo desse terceiro ano ser tão odiado - por quem  gostava da personagem, claro - é a morte de Marissa Cooper. Sim, a protagonista da série. O que se especula é que Mischa Barton foi cortada após inúmeras brigas com a produção, mas quando questionada sobre, a atriz não deu muitos detalhes, apenas reafirmando que não foi uma decisão dela  (a partir de 1:41 minutos do vídeo).

Além disso, a audiência da série começou a apresentar uma queda a partir desse ano - nada comparado à da 4ª Temporada, mas isso é assunto para a próxima crítica - e a Fox exigiu que os episódios fossem mais dramáticos, para assimilar-se à séries como Desperate Housewires, que vinham sendo um sucesso apostando nisso. Mas ironicamente, apesar da morte da personagem, a minha favorita de toda a série, essa temporada é minha favorita ao lado da primeira. Vamos ver o que os momentos finais de Marissa Cooper nos reservam?

Dois meses se passam desde o fim da 2ª Temporada e descobrimos que Trey está em coma. Com isso, os promotores estão pressionando Ryan, Marissa, Seth e Summer para mais informações sobre o acidente, mas eles continuam defendendo uns aos outros. Tentando seguir com sua vida, Marissa tenta organizar o festival anual do colégio, porém o diretor Hess também se vira contra a garota, disposto à expulsá-la da escola. O cara é um insuportável e acaba conseguindo seu objetivo, resultando na ida de Marissa para uma escola pública, onde ela começa a andar com Johnny e seus amigos, causando a preocupação de Summer e Ryan, que, ao lado de Seth, continuam determinados a trazê-la de volta para o colégio. Quando eles enfim conseguem algo contra o diretor, Johnny entra em depressão e Marissa resolve ajudá-lo, causando o fim de seu namoro com Ryan após um desastre.


Como eu disse na crítica da 1ª Temporada, a confiança que Ryrissa possuíam um pelo outro nunca mais foi a mesma após as armações de Oliver. E o pior é que diferente do primeiro, Johhny era uma boa pessoa, e o verdadeiro o garoto problema da escola era Kevin Volchok, com quem Marissa,claro, envolve-se posteriormente, piorando seu histórico com drogas. Volchok foi, de longe, o pior garoto com quem Marissa se envolveu, jogando-a em um caminho de autodestruição cada vez pior e deixando-a até mesmo chata em diversos episódios - particularmente, mesmo com os problemas que Marissa causava para si e para os outros nas temporadas anteriores, nunca cheguei de fato a odiá-la e sempre a defendi. Marissa sempre foi a garota-problema da série e todos os plots mais pesados eram jogados para ela, então é óbvio que essa é uma temporada marcante para a personagem nesse quesito. Demora bastante para ela perceber a toxicidade do namorado e quando enfim rompe com ele, decide ir morar com o pai longe de Newport.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

[Crítica] The O.C. - 2ª Temporada

Duração: 45 minutos
Nº de episódios: 24 episódios
Classificação: 4/5 estrelas
Exibição: 2004/2005
Emissora: Fox

Nota: Todas as quatro temporadas de The O.C. estão disponíveis na Netflix desde 15 de Outubro de 2016.

A segunda temporada de The O.C. continua a seguir as relações tumultuosas românticas entre Ryan e Marissa, Seth e Summer, assim como Sandy e Kirsten. O Bait Shop torna-se um destino de destaque social para os personagens adolescentes.

Vários personagens recorrentes são introduzidos, tais como DJ, Lindsay, Zach, e Alex, aos quais os personagens principais se relacionam. O irmão de Ryan, Trey Atwood, sai da cadeia e ameaça trazer velha vida de Ryan de volta. Sandy e Kirsten também enfrentar novos conflitos após o afastamento dos filhos durante o verão.

Review:
(Spoilers abaixo!)

Califórnia nunca esteve tão quente!

Chegamos a tão esperada 2ª temporada de The O.C.! Nem preciso dizer que os adolescentes na época ficaram loucos esperando essa temporada como se dependessem dela para viver, não é?! Foram tantas pontas deixadas abertas pela primeira, que é quase impossível dizer qual queríamos que fosse logo resolvida. E o segundo ano chegou para mostrar que todos os acontecimentos do primeiro não eram nem o começo do que Orange Country ainda iria nos proporcionar: retornos, partidas, namoros lésbicos, namoros chatos... Como diz a tagline na capa dos DVDs, Califórnia nunca esteve tão quente!

Apesar de ser uma ótima temporada, essa certamente não conseguiu superar a anterior - e foi, provavelmente, a mais odiada pelos fãs de Sethummer. Seth, inclusive, conseguiu fazer o que eu achava impossível: detestá-lo. Tudo bem que Ryan era seu melhor amigo e até entendo sua partida, mesmo que fazendo isso ele tenha abandonado os pais e Summer, mas culpar Kirsten e Sandy pela decisão de Ryan foi a gota d'água. Essa escolha foi totalmente de Ryan, todos vimos o quão Kiki ficou devastada e a atitude não foi do feitio do Seth que vimos antes. Felizmente, esse plot da gravidez de Theresa foi resolvido rapidamente, trazendo Ryan de volta para Newport e fazendo Seth voltar a ser o mesmo de antes e retornar também. Mas ao chegar em casa, descobriu que Summer havia seguido a vida e estava namorando Zach, uma versão atlética dele, já que apesar de jogar, também gostava de quadrinhos e era infantil.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

[Crítica] The O.C. - 1ª Temporada


Duração: 45 minutos
Nº de episódios: 27 episódios
Classificação: 4.5/5 estrelas
Exibição: 2003/2004
Emissora: Fox

Nota: Todas as quatro temporadas de The O.C. estão disponíveis na Netflix desde 15 de Outubro de 2016.

Orange County (de onde vem a sigla O.C.) é um paraíso localizado na Califórnia onde tudo aparenta ser extremamente "perfeito". Porém, por trás dos muros das mansões, mundos são destruídos, pessoas desmascaradas e segredos vêm à tona.

A vida de Ryan poderia ser totalmente diferente se o advogado Sandy Cohen não tivesse optado por adotá-lo, para que ele voltasse às ruas após sair da prisão. Em Orange County, sua vida se mistura a do "irmão" Seth e de Marissa, Summer e outros habitantes do rico condado da Califórnia.

Review:
(Spoilers abaixo!)

''California, Here We Come...''

Quem começou a ver séries na década de 2000 (ou até depois), provavelmente já deve ter ouvido falar de The O.C. Essa é uma das minhas séries favoritas e minha história com ela começou lá em 2006, quando o SBT exibia diversas séries nas manhãs de domingo, ela inclusa, e estava em algum episódio da terceira temporada. Eu assistia episódios avulsos, pois era pequeno e ás vezes nem sempre lembrava que iria passar. Foi só em 2010 que consegui acompanhar todas as temporadas cronologicamente, quando adquiri os DVDs, pois estava naquela famosa fase onde você ama o trabalho de um ator e quer assistir tudo o que ele já fez - nesse caso, era Mischa Barton. Original, postei as críticas das quatro temporadas em um blog que faço parte, o Meu Mundo Alternativo; mas com a chegada da série na Netflix, resolvi reescrevê-las e postar aqui também. Prontos para conhecerem ou revisitarem Newport?

A série conta a história de Ryan Atwood, um adolescente de dezessete anos que após quase ser preso por ser coagido a ajudar o irmão mais velho em um roubo, é levado por seu advogado, Sandy Cohen - sensibilizado com sua situação, expulso de casa pela mãe e sem ter para onde ir -, para morar com ele, em Orange Country, Califórnia. Lá, Ryan conhece e cria um laço de amizade com Seth, filho de Sandy; Summer Roberts, por quem Seth é apaixonado desde a infância; e por fim e mais importante Marissa Cooper, sua vizinha e interesse amoroso. Mas claro que nada será fácil em sua nova vida, e na cidade, o garoto será alvo de preconceitos, principalmente por Luke e Julie, o namorado e a mãe de Marissa; os demais ricos do local e, no começo, pela esposa de Sandy, Kirsten, assustada com o marido trazendo teoricamente um ex-presidiário para dentro de casa. Felizmente, ela logo percebe que Ryan não é um mau garoto e seu instinto materno fala mais alto.


O problema maior é com o próprio Ryan, que precisa se aceitar. Muita gente não gosta do personagem, mas ele é um dos meus favoritos porque o entendo. Ele sempre esteve acostumado a só se dar mal e ser maltratado e, do nada, as coisas mudam? Por isso o medo dele de se envolver, pois tudo pode acabar de uma hora para outra. Mas é óbvio que Ryan não conseguiria manter esse bloqueio por muito tempo, e logo se rende ao sentimento que tem por Marissa. A maioria dos fãs gostam mais de Seth e Summer - que também amo, claro - por ser o típico relacionamento de um nerd com uma patricinha, mas desde o início, torci muito mais por esses dois. Eles eram totalmente diferentes, mas iguais ao mesmo tempo. Se Ryan era um estranho no paraíso, Marissa também, porém no lugar onde ela nasceu e sempre viveu. Por isso, a atração foi imediata e os dois se completavam, de certo modo. São um meus casais de séries preferidos, definitivamente.

sábado, 1 de outubro de 2016

[Resenha] Boa Noite - Pam Gonçalves

Autora: Pam Gonçalves
Editora: Galera Record
Páginas: 240
Classificação: 4.5/5 estrelas
Título Original: Boa Noite

Alina quer deixar seu passado para trás. Boa aluna, boa filha, boa menina. Não que tudo isso seja ruim, mas também não faz dela a mais popular da escola. Agora, na universidade, ela quer finalmente ser legal, pertencer, começar de novo. O curso de Engenharia da Computação - em uma turma repleta de garotos que não acreditam que mulheres podem entender de números -, a vida em uma república e novos amigos parecem oferecer tudo que Alina quer. Ela só não contava que os desafios estariam muito além da sua vida social. 

Quando Alina decide deixar de vez o rótulo de nerd esquisitona para trás, tudo se complica. Além de festas, bebida e azaração, uma página de fofocas é criada na internet, e mensagens sobre abusos e drogas começam a pipocar. Alina não tinha como prever que seria tragada para o meio de tudo aquilo nem que teria a chance de fazer alguma diferença. De uma hora para outra, parece que o que ela mais quer é voltar para casa.

Resenha:

Boa noite, Alina!

Conheci a Pam Gonçalves em 2011, quando fui procurar uma resenha de Delírio mas o Google acabou me mostrando uma dela de Destino. A partir daí, a acompanho e fiquei extremamente feliz quando ela anunciou que lançaria dois livros, um em conjunto com três amigos (O Amor nos Tempos de #Likes, que será minha próxima leitura) e outro solo. Ao ler a sinopse de Boa Noite, acreditei que o livro seria um romance com um pouco de drama, mas após ler, comprovei que o livro era muito mais do que eu imaginava.

O romance, claro, está presente por meio de vários casais; mas o foco de Pam é trabalhar temas que precisam ser discutidos na sociedade, como machismo, preconceito racial e estupro. O que Alina sofre em sala de aula é revoltante! Não foi uma surpresa que os colegas dela tratassem as meninas da turma daquela forma, pois já é algo comum; o pior foi ver professores apoiando esse comportamento, é ainda mais inadmissível do que por parte dos alunos. Sou contra qualquer tipo de preconceito, então Pam conseguiu me envolver em todos os exemplos colocados no livro, pois assim como Alina, eu queria acabar com todos. Por isso, é claro que o livro possui um toque de feminismo. Mas não, Pam não força o leitor a dizer "Sou feminista!", ela apenas expõe o que todas as pessoas deveriam aceitar: todos temos o direito de ser o que e quem queremos ser, principalmente as mulheres, que sofrem preconceito por motivos fúteis.