quarta-feira, 30 de junho de 2021

[Resenha] O Beijo do Vencedor - Marie Rutkoski

Autora: Marie Rutkoski
Editora: Plataforma 21
Páginas: 448
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: The Winner's Kiss

A guerra começou. Arin está à frente dela com novos aliados e o império como inimigo. Embora tenha convencido a si mesmo de que não ama mais Kestrel, Arin ainda não a esqueceu. Mas também não consegue esquecer como ela se tornou o tipo de pessoa que ele despreza. A princesa se importava mais com o império do que com a vida de pessoas inocentes – e, sem dúvida, menos ainda com ele. Pelo menos é o que Arin pensa.

Enquanto isso, no gélido norte, Kestrel é prisioneira em um campo de trabalhos forçados. Ela deseja desesperadamente escapar. Deseja que Arin saiba o que sacrificou por ele. E deseja fazer com que o império pague pelo que fizeram a ela. Mas ninguém consegue o que quer apenas desejando.

Conforme a guerra se intensifica, Kestrel e Arin descobrem que o mundo já não é mais o mesmo. O oriente está contra o ocidente, e os dois se encontram no meio de tudo isso. Com tanto a perder, é possível alguém realmente ser o vencedor? Numa narrativa tão empolgante quanto sensível, a difícil paixão entre Kestrel e Arin alcança um novo patamar.

Resenha:

"— Não vou jogar com você porque, mesmo quando ganho, eu perco. Nunca foi apenas um jogo entre nós."

E chegamos a conclusão da trilogia A Maldição do Vencedor! Acredito que o primeiro sempre vai ser o meu favorito, mas isso não muda o fato de esse livro ter sido bem escrito.

Como ele é o último, preciso falar um pouco do romance de Krestel e Arin. Particularmente, consigo muito entendê-los porque ambos têm seus erros e suas razões, e elas realmente acabam não se conectando muitas vezes — fora a mágoa por ações mútuas no passado. Por isso, são tão poucas cenas durante toda a trilogia em que eles baixam a guarda, que isso nos deixa loucos porque queremos mais cenas assim. Marie Rutkoski conseguiu desenvolvê-los de uma forma muito boa, mesmo.

Mais do que isso: ela desenvolveu bem todas as relações de Krestel e Arin com os outros personagens e esse volume faz bem o fechamento de todas elas, em especial a de Krestel e seu pai. Estava muito ansioso para ver como eles terminariam, mas antes disso foi bom (e triste) acompanhar o que ela sofrou após o final do segundo livro. São esses momentos, e os de Arin, que comprovam que todos os acontecimentos com os dois durante a trilogia foram importantes para desenvolvê-los de uma forma rica.

Desde o primeiro livro, Marie também fazia um ótimo balanceamento entre o romance e a política, só que isso praticamente não aconteceu aqui, pois seu foco foi bem mais na guerra. Acompanhamos seu planejamento desde o início do livro, por isso senti algumas passagens cansativas e me desconectei nelas, porém foi super positivo Marie ter nos dado todos esses vislumbres. Queria uma explicação maior sobre determinado ponto, mas não foi algo que deixou o final ruim.

O Beijo do Vencedor foi um ótimo fechamento para a trilogia. Gostei muito da construção simples mas eficiente do "universo", e acima de tudo, da construção de Krestel e Arin. Foram dois personagens que, ao menos para mim, se destacam nesse mar de "personagens iguais" em fantasias. É uma trilogia que recomendo muito.

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