Editora: Plataforma 21
Páginas: 360
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: The Winner's Crime
Existe a tentação e existe a coisa certa a se fazer. E está cada vez mais difícil para Kestrel fazer a melhor escolha.
Um noivado imperial significa uma celebração após a outra: cafés da manhã com cortesãos e dignatários influentes, bailes, fogos de artifício e festas até o amanhecer. Para Kestrel, porém, significa viver numa gaiola forjada por ela mesma.
Com a aproximação do casamento, ela deseja confessar a Arin, seu ex-escravo e atual governador de Harren: só aceitou se casar com o príncipe herdeiro do império em troca da liberdade dele, Arin. Mas será que Kestrel pode confiar nele? Ou, pior: será que pode confiar em si mesma?
No jogo do poder, Kestrel está se tornando perita em blefes. Age como uma espiã na corte. Se for pega, será desmascarada como traidora de seu próprio império. Ainda assim, ela não consegue deixar de buscar uma forma de mudar seu terrível mundo... e está muito perto de descobrir um segredo tenebroso. A revelação da verdade é iminente e, quando finalmente vier à tona, Kestrel e Arin vão descobrir o preço exato de seus crimes.
PS: A resenha contém spoilers do primeiro livro.
Resenha:
"As pessoas não são peças de tabuleiro. Você não pode arrumá-las como bem entender."
Gostei muito de A Maldição do Vencedor, por isso decidi continuar a trilogia com O Crime do Vencedor. E fiquei feliz dele ter sido tão bom quanto o primeiro.
Krestel foi uma mocinha bem interessante, porque apesar de estar apaixonando-se por Arin no primeiro volume, não deixou de ser racional. E nessa continuação, ela ganhou um novo oponente tão ardiloso, que esse lado precisou ser ainda mais trabalhado — e nem sempre acabou vencendo. Arin, por outro lado, soou muitas vezes perdido, mas não foi algo negativo, pois serviu para desenvolvê-lo, já que ele sempre foi do tipo que acreditava que suas verdades eram universais, e sabemos que nem sempre é assim.
A trilogia ainda ganhou dois novos ótimos: Verex e Roshar. O primeiro é do núcleo de Krestel e suas cenas com ele dão indícios do que virá no terceiro volume; enquanto o segundo é do de Arin e suas falas são as melhores, sempre recheadas de ironia e duplo sentido. Mas destaco ainda os momentos de Krestel com o pai. A relação deles é bem complicada e isso a deixa muito rica para ser desenvolvida, seguindo para caminhos que eu não esperava, apesar de tudo.
A parte política também cresceu nesse livro e isso foi ótimo, pois desde o anterior, sinto que Marie Rutkoski consegue balancear bem o romance e ela. Apesar disso, tiveram alguns momentos cansativos no meio do livro, até que ele voltasse a explodir nas páginas finais. Estou muito curioso para ver como a trilogia vai se encerrar em O Beijo do Vencedor.
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