terça-feira, 25 de dezembro de 2018

[Resenha] Dama da Meia-Noite - Cassandra Clare

Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 574
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: Lady Midnight

Em um mundo secreto onde guerreiros meio-anjo juraram lutar contra demônios, parabatai é uma palavra sagrada. O parabatai é o seu parceiro na batalha. O parabatai é seu melhor amigo. Parabatai pode ser tudo para o outro mas eles nunca podem se apaixonar.

Emma Carstairs é uma Caçadora de Sombras, uma em uma longa linhagem de Caçadores de Sombras encarregados de protegerem o mundo de demônios. Com seu parabatai Julian Blackthorn, ela patrulha as ruas de uma Los Angeles escondida onde os vampiros fazem festa na Sunset Strip, e fadas estão à beira de uma guerra aberta com os Caçadores de Sombras.

Quando corpos de seres humanos e fadas começam a aparecer mortos da mesma forma que os pais de Emma foram assassinados anos atrás, uma aliança é formada. Esta é a chance de Emma de vingança e a possibilidade de Julian ter de volta seu meio-irmão fada, Mark, que foi sequestrado há cinco anos. Tudo que Emma, Mark e Julian tem a fazer é resolver os assassinatos dentro de duas semanas antes que o assassino coloque eles na mira.

Suas buscas levam Emma de cavernas no mar cheias de magia para uma loteria sombria onde a morte é dispensada. Enquanto ela vai descobrindo seu passado, ela começa a confrontar os segredos do presente: O que Julian vem escondendo dela todos esses anos? Por que a Lei Shadowhunter proíbe parabatais de se apaixonarem? Quem realmente matou seus pais e ela pode suportar saber a verdade?

Resenha:

"É mais fácil acabar com o amor que alguém sente por você do que com o amor que você sente por alguém."

Eu amo o universo Shadowhunter criado por Cassandra Clare, então fico ansioso para ler qualquer novo livro que é anunciado. E com Dama da Meia-Noite, que inicia a trilogia Os Artifícios das Trevas, não foi diferente. Infelizmente, demorei bastante para começá-la, mas agora que o terceiro volume acaba de ser lançado, decidi correr contra o tempo antes de receber os famosos spoilers do final.

Adorei todos os personagens, principalmente Emma e os Blackthorn, claramente. É perceptível o amor que um nutre pelo outro, mas meus favoritos foram Julian e Mark; o primeiro por toda a dedicação e cuidado que tem com as pessoas que ama e o segundo por ter a história mais interessante do livro. Também curti seu romance com Emma, assim como Malcolm. Ele é bem engraçado e é impossível não lembrar de Magnus em suas falas, mesmo que ele seja mais sentimental. E para quem sente saudades dos personagens de Os Instrumentos Mortais, temos a volta de alguns, mesmo que rapidamente. O capítulo extra e exclusivo da primeira edição, inclusive, é um presente para os fãs - principalmente os de Sizzy. Apenas Kieran me irritou com seu jeito e ações um tanto egoístas, mesmo que seja possível entendê-lo.

Os mistérios em torno da chegada de Cristina e a morte dos pais de Emma também são interessantes, em especial o segundo, que faz todo sentido quando a história se conecta com o vilão do livro. Apesar de seus motivos parecerem um pouco exagerados em certo momento, sua revolta é compreensível e talvez tenha sido a intenção de Cassandra, afinal, em vários momentos, ele parece fora de si. Com o final do livro aproximando-se, novas revelações foram jogadas - principalmente os antepassados de certo personagem -, me deixando surpreso, afinal essa ideia sequer passou pela minha cabeça.

Porém, duas coisas me incomodaram: a repetição exagerada sobre o sentimento dos personagens e as recapitulações do que aconteceu na saga anterior. Entendo que é necessário situar as pessoas que decidiram iniciar as obras da autora por essa trilogia, mas ainda assim são muitas voltas ao passado, tornando-se chatas para quem já leu e as tem fresca na memória. Julian, por exemplo, sempre que está divagando em seus pensamentos, relembra seu amor por Emma, algo que já é perceptível desde a primeira vez que é trazido para a trama.

Apesar desses momentos incômodos, Dama da Meia-Noite é um bom livro e em nada lembra Os Instrumentos Mortais, provando que, apesar de todos estarem ligados no mesmo mundo, cada série tem sua própria força. Estou bastante curioso para os próximos volumes e espero que sejam tão bons quanto este.

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