sábado, 12 de janeiro de 2019

[Resenha] A Sétima Cela - Kerry Drewery

Autora: Kerry Drewery
Editora: Astral Cultural
Páginas: 316
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: Cell 7

Martha Heneydew é a primeira adolescente a ser presa e condenada no novo sistema de justiça da Inglaterra. A polícia a encontrou ao lado do corpo de Jackson Paige, filantropo, milionário e uma das celebridades mais queridas do país.

Nesse novo sistema de justiça, o condenado tem sete dias - cada dia em uma cela diferente - para ter seu destino determinado pelos votos dos telespectadores. Se a audiência do programa de TV "Morte é Justiça" decidir pela inocência do preso, ele será solto. Caso contrário, será morto na cadeira elétrica.

Porém, algumas peças não se encaixam na história que Martha conta para a justiça. Ela se declara culpada, mas há algo por trás da cena do crime que os telespectadores ainda não sabem.

Com a ajuda da consultora psicológica, Eve Stanton, de um juiz do antigo sistema jurídico, Cícero, e do seu grande amor, os sete dias que precedem sua execução serão de muita intensidade, sofrimento, descobertas inesperadas e reviravoltas de perder o fôlego.  Quem é, de verdade, Jackson Paige? Martha Heneydew é realmente culpada? Será que esse sistema jurídico é justo?

Nesta distopia eletrizante, todas essas questões nos fazem refletir sobre o poder do dinheiro que, muitas vezes, prevalece sobre a justiça. E Martha, uma adolescente forte e destemida, mostra sua crença em uma sociedade verdadeiramente justa, na força da amizade e do amor. Mesmo que isso possa significar sua própria vida.

Resenha:

Atrás das grades. Para a sua diversão.

Desde que fiquei sabendo do conceito dessa trilogia, fiquei interessado por ela e assim que tive a chance, comprei o primeiro volume para saber se ela realmente era boa. E, apesar de alguns problemas, A Sétima Cela é realmente interessante.

Infelizmente, não gostei de Martha logo de cara. Apesar de entender seus motivos, achei seu jeito irritante e só comecei a torcer por ela nas últimas páginas; assim como Isaac. Também entendi seus motivos, mas achei muito frio de sua parte deixar Martha passar por certas situações. Eve foi por quem mais torci durante e ela consegue segurar bem a história tentando provar a inocência de Martha, mas os demais personagens são apenas "ok".

O ponto alto da história é o reality show. É ótimo o modo como ele é narrado, além de sua manipulação - e da apresentadora, Kristina - implícita sobre o público, assemelhando-se à reality shows como Big Brother Brasil e A Fazenda, onde os participantes são conduzidos por uma edição tendenciosa e que cria mocinhos e vilões. A crítica social que a trama passa sobre as pessoas em geral e como elas preferem ficar alienadas ou acreditar em algo forjado por conveniência a correr atrás do que realmente aconteceu.

Kerry Drewery tem uma escrita simples e direta e consegue nos prender durante a leitura, além de ter uma distopia mais perto da nossa realidade e possível de ocorrer, se comparada à outras como Divergente e Maze Runner. Algumas reviravoltas são previsíveis, mas o final consegue nos deixar tensos e curiosos para a sequência, O Sétimo Dia. De fato, não imaginei que isso pudesse ocorrer, mas quero ver como será desenvolvido. Acredito que valha a pena dar uma chance a trilogia!

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