Review:
(Spoilers Abaixo)
Parece que foi ontem que os filmes de Os Instrumentos Mortais foram cancelados, e a ABC Family comprou os direitos e anunciou a série, né? Isso tudo aconteceu em Maio de 2015 e, desde então, o que resumiu os fãs foi nervosismo para ver como tudo ia ser adaptado, quem seria quem no novo cast etc. Agora, quase um ano depois, a série estreou e aqui estamos para ver o que rolou nessa Premiere. Prontos para embarcar no mundo dos Caçadores de Sombras?
Ao longo dos 13 episódios desta temporada inicial, iremos acompanhar Clary Fray, que descobre em seu aniversário que não é quem pensa que é, mas sim que vem de uma longa linhagem de Caçadores de Sombras – híbridos humano-anjos que caçam demônios. Quando sua mãe Jocelyn é sequestrada, a garota e seu melhor amigo, Simon, são lançados num mundo de caça aos demônios com o misterioso Jace Wayland e seus parceiros, Isabelle e Alec Lightwood. Agora vivendo entre fadas, feiticeiros, vampiros e lobisomens, Clary começa sua jornada de autodescobrimento enquanto aprende mais sobre seu passado e sobre o que seu futuro pode estar lhe reservando.
É óbvio que o enredo sofreu mudanças em relação aos livros, mas até o momento a única que me incomodou foi a exclusão de Dorothea. A feiticeira tem cenas importantes no primeiro livro - principalmente aquela que envolve o Cálice do título do episódio -, mas na série introduziram-na como uma adolescente. Pior, a eliminaram logo na primeira briga dos demônios com Jocelyn. Entretanto, algumas mudanças foram benéficas, como a idade dos personagens. Enquanto nos livros eles têm entre 15 e 17 anos, aqui todos parecem ter mais de 18 - a única confirmada com essa idade até agora foi Clary. Essa alteração deverá ajudar bastante os roteiristas na abordagem de assuntos "mais fortes".
Agora, sobre os atores, não tenho do que reclamar. Como eu lembrei no começo, toda uma polêmica se criou quando a emissora anunciou que o elenco seria reformulado, mas o atual é muito melhor que o do filme e todos estão confortáveis em seus papéis, exceto Katherine McNamara. Suas cenas foram medianas e pouco convincentes. Lily Collins conseguiu captar muito melhor o medo da personagem nos filmes e poderiam ter tentado manter ao menos ela no novo cast, mas essa questão já é caso perdido, espero que Kat evolua e mostre que pode ser uma boa Clary. De todos, Alberto Rosende é o melhor. É impossível não rir das falas de Simon e pensar em outra pessoa para o papel. Matthew Daddario também é o Alec perfeito; Dominic Sherwood deu um ar mais leve para Jace, que era muito sério no filme; e Emeraude Toubia conseguiu mostrar quem é Izzy, porque a atriz do filme era tão ruim que a personagem parecia uma figurante aleatória.
E assim encerramos a primeira review da série! Apesar de alguns pequenos erros, o episódio foi bom no geral e espero que desta vez dê tudo certo. Ah, e para quem não sabe, a Netflix comprou os direitos da série e os episódios entrarão no catálogo no dia seguinte à exibição americana, com aúdio e legendas em português. Sem dúvidas é uma boa notícia, pois quem conhece a ABC Family (ou Freeform, como preferirem), sabe que ela tem uma lista extensa de séries canceladas, então caso isso aconteça com Shadowhunters, a Netflix pode continuar sem problemas. E não, não sou pessimista, apenas já sofri demais nas mãos da emissora. Mas não vamos sofrer antes do tempo, não é? Vamos apenas curtir a série.
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