Autor: Nicholas Sparks
Editora: Novo Conceito
Páginas: 383
Classificação: 4.5/5 estrelas
Título Original: The Last Song
Aos dezessete anos, Verônica Miller, ou simplesmente Ronnie, vê sua vida virada de cabeça para baixo, quando seus pais se divorciaram e seu pai decide ir morar na praia de Wrightsville, na Carolina do Norte. Três anos depois, ela continua magoada e distante dos pais, particularmente do pai. Entretanto, sua mãe decide que seria melhor para os filhos passarem as férias de verão com ele.
O pai de Ronnie, ex-pianista, vive uma vida tranquila na cidade costeira, absorto na criação de uma obra de arte que será a peça central da igreja local. Ressentida e revoltada, Ronnie rejeita toda e qualquer tentativa de aproximação dele e ameaça voltar para Nova York antes do verão acabar. É quando Ronnie conhece Will, o garoto mais popular da cidade, e conforme vai baixando a guarda começa a apaixonar-se profundamente por ele, abrindo-se para uma nova experiência que lhe proporcionará uma imensa felicidade – e dor – jamais sentida.
Resenha:
"A vida é muito parecida com uma canção. No início há mistério, no final há confirmação, mas é no meio onde todas as emoções residem valer a pena."
Por ser fã da Miley Cyrus, eu vi o filme muito antes de ler o livro - o filme foi lançado em 2010, quando eu ainda não tinha o hábito de ler livros, principalmente os grandes -, então quando comecei A Última Música, eu já sabia a reviravolta principal que aconteceria. Isso tirou um pouco da graça do livro, mas desde o início da leitura, eu estava interessado para ver como a relação de Ronnie e Steve seria trabalhada, afinal há mais tempo aqui para isso do que no longa.
Mesmo não tendo superado Querido John, A Última Música também foi um livro muito bom do Nicholas. Quem já leu livros - ou viu os filmes - do autor, sabe que ele constrói muito bem os personagens, com defeitos e acertos; além de trabalhar os relacionamentos deles entre si. Mas o mais interessante nesse livro é que o foco principal não é o romance de Ronnie e Will, mas sim o seu relacionamento com o pai.
É muito bom ver como o relacionamento dos dois vai melhorando aos longos do capítulo e de como Steven faz as coisas para ver a felicidade dos filhos. Um das minhas cenas favoritas é a quando Ronnie reclama sobre o pai tocar piano e ele "resolve" o problema. Não é a toa que Ronnie sente-se culpada e nós queremos estapeá-la por fazer isso com o pai, mesmo que não fosse sua intenção.
Mas não é pela relação dela com o pai ser o foco, que a sua com Will fica de lado. As cenas dos dois são basicamente as mesmas do filme, mas com algumas adicionais. Shippei no filme, shippei aqui. Gostei também do final alternativo que os dois tiveram aqui, que foi mil vezes melhor do que o do filme. Achei também bem interessante a narrativa ser dividida entre quatro personagens - Ronnie, Will, Steve e Marcus. Adoro ver a perspectiva de outras pessoas além da do protagonista.
O único defeito do livro foi o amigo mala de Will - Scott, se não me engano. Marcus é o grande vilão da história, mas esse conseguiu ser mais irritante do que ele. Adorava que o Will não abaixava a cabeça para ele só por ser seu amigo, sempre o confrontando quando ele metia-se demais em sua vida e/ou falava mal de Ronnie. Tirando esse personagem totalmente irritante, gostei muito da leitura e recomendo para quem gosta de romances ou dos livros do Nicholas.
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