terça-feira, 10 de agosto de 2021

[Resenha] A Rainha do Nada - Holly Black

Autora:
Holly Black
Editora: Galera Record
Páginas: 294
Classificação: 3/5 estrelas
Título Original: The Queen of Nothing

O poder é mais fácil de adquirir do que de manter. Jude aprendeu a lição mais difícil de sua vida quando abdicou do controle do Rei Cardan em troca de um poder imensurável.

Agora, ela carrega o outrora impensável título de Grande Rainha de Elfhame, mas as condições são longe de ser ideais. Exilada por Cardan no mundo mortal, Jude se encontra impotente e frustrada enquanto planeja reivindicar tudo que Cardan tomou dela.

A oportunidade surge com sua irmã gêmea, cuja vida está em perigo. Para salvá-la de uma situação tenebrosa envolvendo Locke, Jude decide voltar ao Reino das Fadas se passando por Taryn. Antes disso, porém, ela precisa confrontar os próprios sentimentos contraditórios pelo rei que a traiu.

No entanto, ao voltar a Elfhame, Jude constata que tudo mudou. A guerra está prestes a eclodir, e ela caminha próximo a seus inimigos. Será que ela vai ser capaz de resgatar a Coroa e o amor incondicional de Cardan, ao mesmo tempo que destrói os planos de seus inimigos? Ou será que tudo está perdido para sempre?

Resenha:

"Não há banquete abundante demais para um homem faminto."

O Príncipe Cruel havia sido uma leitura apenas boa (diante de todos os elogios que eu lia sobre esse universo), mas a continuação foi bem melhor, por isso fiquei curioso para ver como tudo seria concluído aqui. Mas não foi nada animador.

O principal problema desse terceiro livro é que nada parece acontecer. Literalmente, desde o início, com uma morte em offscreen.  Vê-la era o mínimo que merecíamos depois de aguentar tal personagem todo esse tempo. É só nos capítulos finais que algo curioso acontece. Porém, logo vem um balde de água fria, com uma conclusão rápida e conveniente - por mais que a maioria dos personagens tenha o fim que merece.

O lado positivo foram Jude e Cardan. Ela não é uma personagem que eu ache "a melhor criação do mundo", mas acho interessante seu modo de pensar e agir. Gosto mais de Cardan do que dela e a relação dos dois diante os acontecimentos finais do livro anterior, apesar de legal, também não foi surpresa, porque eu já havia sacado tudo. Os demais continuam cumprindo seus papéis, mas não se destacam como os dois.

No fim, é inegável o potencial desperdiçado de A Rainha do Nada após o final de O Rei Perverso. A escrita de Holly Black também não é ruim - a prova é que você continua a leitura, mesmo com poucos acontecimentos -, mas não se destacou muito entre as que já li. O Povo do Ar foi uma trilogia que me entreteve por momentos, mas não fez juz a tudo que eu lia sobre, infelizmente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário