segunda-feira, 26 de agosto de 2019

[Resenha] O Jogo do Amor/Ódio - Sally Thorne

Autora: Sally Thorne
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 400
Classificação: 4.5/5 estrelas
Título Original: The Hating Game

Lucy Hutton e Joshua Templeman se odeiam. Não é desgostar. Não é tolerar. É odiar. E eles não têm nenhum problema em demonstrar esses sentimentos em uma série de manobras ritualísticas passivo-agressivas enquanto permanecem sentados um diante do outro, trabalhando como assistentes executivos de uma editora.

Lucy não consegue entender a abordagem apática, rígida e meticulosa que Joshua adota ao realizar seu trabalho. Ele, por sua vez, vive desorientado com as roupas coloridas de Lucy, suas excentricidades e seu jeitinho Poliana de levar a vida.

Diante da possibilidade de uma promoção, os dois travam uma guerra de egos e Lucy não recua quando o jogo final pode lhe custar o trabalho de seus sonhos. Enquanto isso, a tensão entre o casal segue fervendo, e agora a moça se dá conta de que talvez não sinta ódio por Joshua. E talvez ele também não sinta ódio por Lucy. Ou talvez esse seja só mais um jogo.

Resenha:

"'Cause baby, now we've got bad blood."

Até o anunciamento da adaptação de O Jogo do Amor/Ódio com Lucy Hale e Robbie Amell - dois atores que gosto muito - nos papéis principais, não tinha conhecimento do livro. Mas a notícia foi motivação suficiente para eu dar uma chance à história e, felizmente, não me arrependi.

Gostei de Lucy e de Josh logo nas primeiras páginas. As discussões e brigas dos dois são bem engraçadas, principalmente os mil jogos que eles criam entre si. E além de possuírem uma ótima química, os personagens têm objetivos e passados interessantes, que nos motivam a descobrir o porquê de agirem de tal forma, em especial o de Josh. A história foca demais nos dois, deixando os demais personagens em segundo plano, mas ainda assim Helene, chefe de Lucy, também foi uma boa adição para o livro e a amizade entre as duas é muito bonita.


E apesar de haver um plano de fundo para conduzi-la, a trama foca mesmo nos protagonistas, o que não foi um demérito, afinal os dois são muito bons juntos. Achei apenas o final um pouco corrido - queria ter visto Josh realizando um desejo que expressa durante boa parte do livro - e algumas partes na metade da história lentas, mas não tira a graça da obra, principalmente em um período onde Lucy precisa de Josh, que são partes muito engraçadas.

A escrita de Sally também é rápida e fluída, mas a tradução e revisão do livro acabou pecando um pouco; diversas palavras são escritas erradas ou sem o espaçamento entre elas (novamente, nada que atrapalhe a experiência, mas um cuidado maior teria evitado tais erros). Se você gosta de histórias leves ou enemies to lovers, O Jogo do Amor/Ódio é um bom exemplo de um clichê bem conduzido e que vai te prender, com certeza. Estou bastante ansioso para o filme e espero que ele saia logo.

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