domingo, 27 de março de 2016

[Resenha] Insurgente - Veronica Roth

Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 512
Classificação: 3.5/5 estrelas
Título Original: Insurgent

Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.

Nota: Não custa lembrar que esse é o segundo livro da trilogia, por isso, poderá ter spoilers do primeiro na resenha.

Resenha:

Uma escolha pode te destruir.

Assim que terminei Divergente, comecei logo Insurgente. Mas não foi porque o final do primeiro livro me deixou sedento pela continuação, e sim porque queria ler a trilogia toda antes da estreia de Convergente. Não me entendam mal, eu gostei muito de Divergente - ele é o meu favorito da trilogia, aliás -, mas o seu final não me deixou curioso pela continuação. Acho que minha curiosidade em lê-lo foi pelo que vi na adaptação, mesmo sabendo que ambos tinham muita diferença.

Se levarmos à história pelo lado da ação, Insurgente tem muito mais do que o antecessor e isso é muito bom, afinal ser eletrizante só nas páginas finais foi um dos pontos negativos de Divergente. Nesse volume, temos a sensação de que ninguém está à salvo e prova disso é que vários personagens que não pensávamos que chegariam ao fim vivos, acabam mortos antes da conclusão do volume. Isso é um ponto bastante positivo para a trilogia, afinal isso é uma guerra e realmente algumas cabeças irão rolar até que "o bem vença o mal". Mas confesso que fiquei surpreso com duas mortes (vi no filme, mas achava que era mais uma das mudanças implementadas na adaptação), pois achava que ambos seriam cruciais contra Tris em Convergente. Porém, mesmo com essa "coragem" de Veronica de matar personagens, senti que esse livro não teve rumo, os personagens, no sentido da guerra, acabaram praticamente no mesmo ponto que começaram.

Apesar disso, eles cresceram internamente, principalmente Tris. A verossimilidade da personagem é um dos pontos mais positivos de toda a saga, pois Tris desconfia de todos, ama, odeia, erra tentando acertar; entre outras características que a tornam tão "normal". Além disso, a história também começa a focar mais em Tobias e cada vez mais me identifico com o personagem. Muita gente criticou que o romance cresceu nessa continuação e eu concordo, mas não achei que atrapalhou em nada. Meu único problema com a história é de que, assim como o primeiro livro, não eram necessárias mais de 500 páginas para contar a trama. É nítido que em vários momentos somos enrolados com passagens que poderiam ser cortadas sem afetar a narrativa, e acho que esse fator que me impediu de se conectar mais com a história.

Mas, diferente de Divergente, Veronica Roth conseguiu criar um típico cliffhanger que nos deixa extremamente curiosos para ler o terceiro livro, além de explicar parcialmente o que originou os Divergentes - deixando a maior parte desse segredo para o próximo livro, obviamente. No geral, gostei de algumas partes da história mas achei Insurgente bem abaixo de Divergente. E comparando com o filme, até gostei da tal caixa que foi criada para ele, mas concordo quando dizem que o filme fez muitas - e desnecessárias - mudanças em relação ao livro.

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