Editora: Rocco
Páginas: 504
Classificação: 4.5/5 estrelas
Título Original: Divergent
Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível.
Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.
A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
Nota: Essa leitura se encaixa na segunda categoria do Desafio Literário #EuLi 2016, onde o livro deve ter 500 páginas.
Uma escolha pode te transformar.
Divergente sempre foi uma das trilogias que eu tinha vontade de ler. E com a estreia de Convergente se aproximando, decidi que precisaria ler os três livros antes de assistir o penúltimo filme (já havia assistido os dois primeiros antes de ler os livros pois adoro a Shailene Woodley). E após finalizar essa maratona dos quatro livros, venho dizer o que achei dos mesmos.
Começando pelos personagens, é impossível não gostar de Tris e Quatro. A forma como Veronica escreveu Tris é tão verossímil que você torce por ela, mas em certos momentos tem vontade de sacudi-la para ver se a mesma acorda. Tris sente compaixão, ódio, remorso... Ela é humana. Confesso que gostei mais da personalidade da personagem no filme, mas aqui ela também mostra sua força. E também consegui me identificar muito com Tobias, mais do que com Tris, para ser sincero. Gostei muto da forma de como o romance dos dois foi desenvolvido, sem afetar ou ser o principal da história.
Mas como nem tudo são flores, o livro também tem alguns defeitos. O principal é seu total de páginas. Várias cenas poderiam ter sido cortadas sem afetar a história (pois muitas se tornam repetitivas por serem apenas treinamentos e paisagens do medo dos personagens), além de que o começo é um pouco arrastado, mesmo que ele desperte a curiosidade para que continuemos com a leitura. Porém, é impossível negar que a premissa da história é boa. Somos presenteados com inúmeras cenas de ação e várias mortes ocorrem nesse primeiro livro, provando que ninguém está à salvo. A escrita de Veronica é envolvente e você fica curioso à todo o momento para saber mais sobre o por quê algumas pessoas são Divergentes - o que, claro, não é respondido nesse primeiro livro.
E como de costume, algumas pontas ficam soltas para a continuação, mas é interessante que o final não é o típico cliffhanger e apresenta um "fim", que poderia até funcionar como um livro solo. No geral, o livro é bom e deixa o leitor curioso para as continuações, que não são tão boas quanto esse primeiro. Mas isso é assunto para as próximas resenhas. E sobre o filme, não acho uma má adaptação, muito pelo contrário. Acho ele até melhor do que o livro, mesmo com as mudanças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário