Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 528
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: Allegiant
A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou – destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. Em Convergente, o poderoso desfecho da trilogia de Veronica Roth iniciada com Divergente e Insurgente, a jovem será posta diante de novos desafios e mais uma vez obrigada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor.
Nota: Esse é o terceiro livro de uma trilogia. A resenha pode conter spoilers do primeiro e segundo livro.
Resenha:
Uma escolha vai te definir.
Antes de começar a ler Convergente estava receoso. Se todo mundo falava bem de Insurgente e mesmo assim eu não gostei tanto, imagine de um livro onde 70% das opiniões eram negativas? Mas continuei no espírito de terminar a trilogia antes do primeiro filme desse volume e iniciei a leitura. Após concluir a leitura, no entanto, vi que o livro não era ruim como alguns diziam. Muito pelo contrário: o achei até melhor que o anterior.
Primeiramente, sobre a história, o clima do livro é totalmente diferente dos outros dois, chegando até a causar estranheza no início. Enquanto os anteriores apostaram em uma trama de ação e política, Convergente opta mais pelo científico e político. Apesar da narração compartilhada entre Tris e Quatro ter me confundido bastante - elas são extremamente parecidas e eu precisava ficar voltando o capítulo para ler quem estava narrando -, me conectei muito mais com esse livro do que com Insurgente. Eu já sabia do "maior spoiler" do livro, mas mesmo assim queria saber como toda essa guerra envolvendo o Soro iria terminar. E a parte dos Geneticamente Danificados x Geneticamente Puros lembra muitas brigas da sociedade ainda hoje, como preconceito por cor e orientação sexual.
Sobre os personagens, Tris continua a crescer no meu ponto de vista e é a mais consistente da história, sem dúvidas. Tobias, por ser um dos narradores, tem um maior destaque nesse volume e, apesar da maioria de suas decisões erradas, continuo gostando e me identificando muito com o personagem. Vi muita gente dizendo que a narrativa do personagem o tornou fraco, o que não concordo de nenhum modo. Para mim, ela só tornou Tobias mais verossímil, pois todos temos falhas e medos - e esse é um dos melhores pontos de Veronica Roth: seus personagens são humanos e possuem defeitos e qualidades. E para quem reclamou que o romance aumentou no livro anterior, aqui ele é diminuído, já que Tris e Tobias estão de lado opostos, inicialmente.
Outro ponto positivo foi a cena envolvendo Peter e o soro. Desde que li Divergente e vi que o personagem foi transformado em um piadista na adaptação, sabia que isso poderia resultar numa mudança no final do mesmo. E como continuaram apostando nesse tom para ele, dificilmente o último filme trará essa cena tão boa.
Mas como nem tudo é positivo, além da narração quase igual entre Fourtris, achei que certas passagens do livros ficaram mal explicadas e confusas, além da autora não ter explicado como funcionava a mente de Tris. E sobre a morte de Vocês-Sabem-Quem, óbvio que meu coração ficou dilacerado, mas admito que analisando friamente, gostei. Desde a minha resenha de Divergente, sempre elogiei Veronica por ser realista e mostrar que isso é uma guerra. Guerras são assim, nem sempre todos terão finais felizes, mesmo que o objetivo seja alcançado.
Analisando a trilogia no geral, gostei muito. Apesar da decepção com o segundo, adoro o primeiro e o terceiro livros. Porém, continuo com a opinião de que mais de 500 páginas para cada é um exagero especial - exceto o primeiro, que foram essenciais. Agora espero que nos cinemas, a saga também tenha um bom final, já que a adaptação da primeira parte desse livro foi a mais inferior até agora, provando que não havia a necessidade da divisão em dois filmes.
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