Editora: Seguinte
Páginas: 392
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: The Heir
Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.
Resenha:
Trinta e cinco pretendentes e uma princesa. Uma nova seleção começou!
Quando Kiera Cass anunciou que escrevia novos livros de A Seleção, assim como muitos fãs, fiquei animado pois eu realmente gosto da trilogia original e dos personagens. E logo em seguida, foi anunciado que a história seguiria a filha de Maxon e America, o que deixou os fãs mais fervorosos pelo livro e para ver como seria o casal vinte anos depois de A Escolha.
Começando pela própria Eadlyn, entendo o porquê da personagem ser odiada por 70% dos leitores. Ela é realmente narcisista e irrita em alguns momentos. Muitos justificam esse comportamento pelo modo que ela foi criada, porém não podemos esquecer que seus irmãos desfrutaram da mesma criação, e não são nem um pouco como ela. Mas eu não acho que ela seja realmente desse jeito. Para mim, na verdade, ela é uma menina insegura. Isso é claramente mostrado na história, e acredito que ela repete tanto que é poderosa e que ninguém chega aos seus pés mais para confiar em si mesmo do que por achar que isso é verdade.
E juntando tudo isso vem a pressão que foi imposta nela desde criança, de que ela seria a herdeira do trono. Ela quer provar para si mesmo que é merecedora disso, mas principalmente, mostrar ao pai. Por isso, ela tem esse jeito narcisista, é modo de se auto proteger; além de deixar isso claro nas cenas que tem com Ahren. E também temos várias cenas onde ela é uma menina doce, principalmente quando está com Henri ou Erik - mostrando que ela não é tão egoísta como julgam.
E falando nos Selecionados, eu realmente gostei de todos que foram desenvolvidos e esses que receberam destaque - Hale, Kile, Henri, Ean e Erik (mesmo que esse não seja um Selecionado propriamente dito). De todos, o meu preferido é Henri, por mais que fique meio óbvio que ele não vai ser o escolhido pela barreira de línguas entre ele e Eadlyn. Kile também é um bom personagem e o concorrente mais forte pois já conquistou o coração de quase todos os fãs, mas acho que a Kiera pode surpreender e colocar Erik como o ganhador, devido ao destaque que ele ganhou nos últimos capítulos.
Ahren também é um bom personagem e as cenas entre ele e a irmã são bem desenvolvidas, principalmente uma que envolve os dois e os outros irmãos, Kaden e Osten. Temos também a volta de vários personagens da trilogia original, mas a que mais me causou desconforto foi America. Entendo que já se passaram vinte anos e sua vida mudou completamente, mas ela está muito mudada, perdendo todo seu jeito característico dos livros anteriores. Ela praticamente se transformou em uma cópia da Rainha Amberly. E foi somente com a personagem, pois Maxon, Aspen e Marlee, por exemplo, continuam com suas personalidades idênticas ou poucos modificadas.
Não sei se a Kiera fez isso com alguma intenção de jogar um plot para America no próximo livro, principalmente depois do final de A Herdeira. Tenho uma teoria de que Daphne - aquela princesa que amava o Maxon em O Príncipe - possa aparecer no próximo livro com segundas intenções. Também achei muito estranho a família dela não morar no palácio. Na verdade, nem os vemos. Apenas May aparece em algumas partes - e muito mudada, apesar de eu ter curtido essa nova May meio louca.
Assim como nos outros, a distopia que insiste em classificar que a série possui não foi abordada, e eu já não espero que isso acontece. Afinal, a Kiera é muito boa no romance, que é a real intenção da série. Inclusive, a escrita dela continua tão boa quanto nos livros anteriores e passamos páginas e páginas sem perceber. Isso é uma característica marcante da autora em todos os livros e contos até agora. Enfim, mesmo com alguns erros, A Herdeira é um bom livro e merece ser lido, principalmente se você leu os anteriores.
Book Trailer :
(chateado porque não usaram a Stacey - a menina da capa - no video)
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