quinta-feira, 30 de setembro de 2021

[Resenha] Mundo das Sombras: Submissão Mortal - L. J. Smith

Autora:
L. J. Smith
Editora: Galera Record
Páginas: 256
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: Night World - Spellbinder

Jovens bruxas cuja linhagem pode ser traçada até o primeiro coven do Mundo das Sombras. Duas primas. Blaise é letal. Seu esporte predileto envolve enfeitiçar garotos humanos e incitá-los às mais perigosas provas de amor. Até que encontra um que realmente importa — para a doce Thea. Responsável, Thea adora a prima, mas se ressente das confusões que esta cria em busca de emoções.

Expulsas de várias escolas, elas agora moram com a avó, numa espécie de condicional na ensolarada Las Vegas. Se criarem qualquer problema, serão enviadas para a casa de uma tia, apelidada de Convento.

A ameaça não impede Blaise de escolher seu novo alvo: Eric. Mas pela primeira vez, o canto de sereia da bela bruxa parece não fazer efeito. E não há feitiço que pareça capaz de desviar a atenção do rapaz de Thea: existe uma magia muito mais poderosa ligando Eric a Thea. As primas se tornam rivais no amor...

A magia branca de Thea contra a magia negra de Blaise. As duas estão quebrando as regras do Mundo das Sombras. Mas é Thea que arrisca tudo, até mesmo a própria vida, para manter o amado em segurança. Será que ela vai conseguir?

Resenha: 

"- E que vença a melhor bruxa."

L. J. Smith é uma das minhas autoras favoritas, por isso sempre fico animado quando vou começar um livro novo dela. Apesar de não ser tão conhecida quanto Diários do Vampiro e Círculo Secreto, Mundo das Sombras é uma série sua muito boa também e funciona de forma antológica: a cada livro há uma nova história de alguém do Mundo das Sombras. Nesse terceiro, acompanhamos Thea e Blaise e uma linhagem de bruxas.

Thea foi uma boa personagem e mesmo que o romance dela com Eric não tenha me conquistado de cara, gostei de ele estar sempre disposto a ajudá-la e não julgá-la. Pela sinopse, esperava que Blaise fosse parecida com Faye (de Círculo Secreto), mas ela foi mais "controlada". Queria ter visto uma atitude mais ameaçadora da parte dela, mas ainda assim ela foi uma personagem com personalidade própria e interessante. O final também fechou a história de uma forma satisfatória e que, no fundo, eu não esperava.

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

[Resenha] Feitos de Sol - Vinícius Grossos

Autor:
Vinícius Grossos
Editora: Faro Editorial
Páginas: 256
Classificação: 4,5/5 estrelas
Título Original: Feitos de Sol

E se você soubesse que o mundo está prestes a acabar, qual seria o último momento que você gostaria de guardar para sempre? E se fosse sua última chance de seguir seu coração e descobrir um mundo novo de possibilidades? E se você encontrasse o verdadeiro amor prestes a enfrentar o bug do Milênio?

Essas eram algumas das dúvidas que Cícero tinha em mente, no auge de seus 15 anos e prestes a vivenciar a virada dos anos 2000. Mas tudo isso mudou no instante em que Vicente atravessou o seu caminho e colocou tudo de pernas para o ar.

Neste romance, vamos acompanhar os planos finais de dois meninos que viram suas vidas se entrelaçarem quando um grande desastre estava prestes a acontecer. Vicente, um jovem reprimido por uma família extremamente religiosa e conservadora. Cícero, um garoto criado apenas pela mãe com muito carinho, mas com enormes dúvidas quanto ao seu papel no mundo.

Unidos pelo destino em busca da última edição de uma revista da qual eram fãs, Vicente e Cícero vão descobrir o valor da amizade e do primeiro amor, o peso do ódio e do preconceito, e meio a momentos inesquecíveis em uma das décadas mais fantásticas: os anos 90. Um a história delicada e divertida sobre o primeiro amor e suas consequências.

Gatilhos: Homofobia; Abuso parental; Pessoas que, se vivessem no presente, seriam bolsominions

Resenha:

Até quando vale esperar pelo amor da sua vida?

Feitos de Sol foi meu terceiro contato com a escrita do Vini e, assim como as outras, amei essa leitura.

Cícero e Vicente foram ótimos personagens e formaram uma dupla linda, seja pela amizade ou pelo romance que desenvolvem ao longo da história. Mas, acima de tudo, é bonito ver o crescimento dos dois como pessoas em busca de seus lugares. Destaco também Emir, outra personagem maravilhosa.


segunda-feira, 27 de setembro de 2021

[Resenha] Até o Verão Terminar - Colleen Hoover

Autora:
Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 336
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: Heart Bones

Filha de uma mãe problemática e um pai ausente, Beyah precisou aprender a se virar sozinha desde pequena. Sua vida foi trilhada com muitas decepções. Mas ela está prestes a mudar a sua sorte graças a si mesma, e a mais ninguém, por conta da bolsa de estudos que ganhou para estudar em uma boa universidade. Apenas dois curtos meses separam o tão sonhado futuro do passado que tanto deseja deixar para trás. Mas uma reviravolta faz Beyah perder até mesmo a casa em que mora.

Sem opção, ela recorre ao último recurso que tem e precisará passar o resto do verão na casa de praia do pai que mal conhece, da nova esposa e da filha dela que nem ao menos ouvira falar. O plano de Beyah é se manter quase invisível até poder ir para a faculdade. Mas o vizinho da casa ao lado torna tudo muito mais complicado. Afinal, é difícil ignorar o rico, bonito e misterioso Samson.

Os dois parecem não ter nada em comum. Ela viveu uma vida sem dinheiro ou amor enquanto ele tem uma família rica e privilegiada. Mas no olhar dele vive uma tristeza que apenas quem também a carrega dentro de si consegue reconhecer. E isso os torna irresistíveis um para o outro. Sem terem como fugir da atração que sentem, Beyah e Samson resolvem se dar uma chance, mas apenas até o verão terminar.

Gatilhos: Abandono parental, pedofilia, vício.

Resenha:

"A única coisa que quero agora é saber se ele tem algum osso no coração. Se tem, será que está fraturado? Porque o meu está."

Nunca preciso de muito para querer ler livros da Colleen Hoover, porque sei que ela sempre vai me surpreender de alguma forma. Por isso, assim que Até o Verão Terminar foi lançado, corri para lê-lo.

Esse livro já começa nos destruindo, com um dos melhores "Capítulo 1" que já li - seja da Colleen ou de outro autor. A empatia por Beyah já surge a partir dele, por isso criamos uma rápida conexão com a personagem. Samson também foi ótimo, mesmo sendo um tipo que conhecemos apenas o que ele quer passar sobre si. Também destaco a relação de Beyah com o pai - há várias mágoas do passado que é sempre tenso quando os dois estão juntos - e a irmã postiça, Sara.

domingo, 26 de setembro de 2021

[Resenha] Meninas Selvagens - Rory Power

Autora:
Rory Power
Editora: Galera Record
Páginas: 320
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: Wilder Girls

Há dezoito meses, a Escola Raxter para Meninas entrou em quarentena. Há dezoito meses, uma misteriosa doença virou a vida de Hetty do avesso.

Começou devagar. Primeiro, as professoras foram morrendo, uma a uma. Então, começou a infectar as alunas, transformando o corpo delas em algo cada vez mais estranho. Isoladas do resto do mundo e deixadas à própria sorte, as meninas não se atrevem a ultrapassar o limite da escola. Hetty, Byatt e Reese esperam a cura prometida enquanto a doença se alastra.

Mas tudo muda quando Byatt desaparece. Hetty não medirá esforços para encontrá-la, mesmo que isso signifique quebrar a quarentena e desbravar os horrores que as esperam além da cerca que separa a escola da floresta. E quando Hetty se lança rumo ao desconhecido, descobre que há muito mais mistérios por trás dessa história que ela jamais poderia imaginar.

Resenha:

"É assim com todas nós aqui. Doentes, estranhas, e não sabemos por quê. Coisas irrompendo de nós, pedaços e partes faltando."

Eu adoro histórias que envolvem epidemias, por isso Meninas Selvagens me ganhou desde a sinopse. Mas assim que o livro saiu no Brasil, uma série de resenhas negativas se espalhou afirmando que ele não era o tal "terror feminista" prometido na capa.

Por isso, antes de tudo: esqueça essa frase. Foi ela que causou o maior problema na experiência de muita gente, porque a editora vendeu o livro como um terror feminista, o que ele não é. Nem todo livro protagonizado por mulheres e que causa incômodos nos leitores - metas da autora, Rory Power - é um "terror feminista".