Editora: Alta Novel
Páginas: 384
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: The Ones We're Meant To Find
Um futuro apocalíptico, a ligação entre duas irmãs e um amor sentido por uma humanidade que, talvez, não o mereça.
Ambientado em um futuro devastado pelas mudanças climáticas, Aqueles Que Deveríamos Encontrar apresenta a história de duas irmãs separadas por um oceano que tentam desesperadamente encontrar uma à outra. Um dos livros mais surpreendentes e empolgantes que você vai ler.
Cee está presa em uma ilha abandonada há três anos sem qualquer lembrança de como chegou lá ou memórias de sua vida antes disso. Tudo que ela sabe é que em algum lugar lá fora, além do horizonte, ela tem uma irmã chamada Kay. Cabe a Cee atravessar o oceano e encontrá-la.
A um mundo de distância, a genial Kasey Mizuhara, de dezesseis anos, vive em uma ecocidade construída para pessoas que protegeram o planeta e agora precisam ser protegidas dele. Com o crescimento de desastres naturais causados por mudanças climáticas, as ecocidades fornecem abrigo, ar e água limpo. Em troca, seus moradores devem passar ao menos um terço de seu tempo em cápsulas de estase, realizando tarefas de forma virtual sempre que possível para reduzir seu impacto ambiental. Embora Kasey, uma garota introvertida e solitária, não se incomodasse com esse estilo de vida, sua irmã Celia preferia o mundo externo. Mas ninguém poderia ter previsto que Celia tomaria um barco rumo ao oceano para nunca mais retornar.
Agora, faz três meses que Celia desapareceu, e Kasey já perdeu as esperanças. A irmã deve estar morta. Mesmo assim, ela decide refazer os últimos passos de Celia. Para onde eles vão levá-la, ela não sabe. A irmã era cheia de segredos. Mas Kasey também tem o seu.
Resenha:
"Você se manteve viva. Manteve ela viva também. Aqui. — Ele coloca dois dedos sobre o peito. — Então eu sei que você vai encontrar a sua irmã. Mesmo que isso te leve para bem longe daqui."
Antes de tudo, precisamos falar da capa de Aqueles que Deveríamos Encontrar. Uma das melhores do ano, disparada. Agora, voltando para a história, gosto muito de livros que acompanham irmãos, por isso não foi difícil esse me conquistar.
Cee e Kasey são bem diferentes entre si. Enquanto Cee tem a emoção como principal força para concluir seu objetivo, Kasey age mais com a razão. Por mais que você se identifique mais com uma - Cee, no meu caso -, entende muito bem as duas porque Joan Ho as desenvolveu muito bem. Os protagonistas masculinos que as acompanham também são necessários e interessantes, tanto que, diferente das irmãs, não tive um favorito.
Até que o plot twist vem como uma tsunami (sim, eu não poderia perder essa) e deixa a gente com a cara na areia. Nunca, nem em um milhão de anos, eu imaginaria que isso poderia acontecer e até agora me sinto traído pela Joan, sem saber dizer se foi de forma positiva ou negativa. Plot twist esse que explica muito porque as irmãs se comportam em cada ambiente.
O único ponto negativo foi a parte futurista, que acompanha Kasey. Não conseguia entender muitas coisas descritas pela autora, apesar de ser um ponto positivo a criatividade dela para tais invenções. Aliás, essa parte da história também traz uma crítica social muito importante sobre a destruição que nós causamos ao meio ambiente. Eu só posso dizer que deem uma chance ao livro e aguardem o twist; ele vai colocar todas as peças no lugar.
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