Editora: Intrínseca
Páginas: 240
Classificação: 5/5 estrelas
Título Original: If I Was Your Girl
Prestes a entrar na vida adulta, Amanda Hardy acabou de mudar de cidade, mas a verdadeira mudança de sua vida vai ser encarar algo muito mais importante: a afirmação de sua identidade. Tudo que ela mais quer é viver como qualquer outra garota. E, embora acredite firmemente que toda mudança traz a promessa de um recomeço, ainda não se sente livre para criar laços afetivos.
Até que ela conhece Grant, um garoto diferente de todos os outros. Ela não consegue evitar: aos poucos, vai permitindo que Grant entre em sua vida. Quanto mais eles convivem, mais ela se sente impelida a se abrir e revelar seu passado, mas ao mesmo tempo tem muito medo do que pode acontecer se ele souber toda a verdade. Porque o segredo que Amanda esconde é que ela era um menino.
Em seu romance de estreia, Meredith Russo retrata o processo de transição de uma adolescente transexual, parcialmente inspirada em suas próprias experiências. Enquanto traz à tona questões difíceis como dilemas existenciais, preconceito e bullying, o livro também fala de forma esperançosa e leve sobre amizade, descobertas e autoaceitação.
Resenha:
Seu passado não impede que você tenha um futuro.
Desde que a Intrínseca anunciou o lançamento de Apenas Uma Garota, fiquei curioso pela leitura. E, felizmente, foi ótima!
Adorei Amanda. É possível sentir seu medo diante os traumas do passado e as situações que ela passou durante a história me soaram bem críveis. Parte disso, claro, é pelo fato da autora, Meredith Russo, também ser uma mulher trans na vida real; então ela possui domínio sobre o assunto. Os demais personagens também foram muito interessantes, em especial os pais de Amanda, principalmente o pai. É perceptível sua tentativa em mudar e aceitar a filha e a relação dos dois é muito bem trabalhada.
Apenas Uma Garota é um bonito e necessário livro sobre pessoas trans; por isso, recomendo muito a leitura — principalmente por não ser um que vejo sendo muito comentado. Meredith Russo tem uma escrita simples e rápida, que nos prende desde o início, e sua carta para os leitores no final não poderia ter sido melhor.
Gatilhos: homofobia, transfobia (óbvio) e tentativa de suicídio.
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