Nº de episódios: 13 episódios
Exibição: 2018
Emissora: Netflix
Status: Indefinido
Classificação: 3/5 estrelas
A nova temporada retrata as consequências da morte de Hannah e a difícil jornada de nossos personagens rumo à recuperação. A escola Liberty se prepara para ir a julgamento, mas alguém quer impedir a todo custo que a verdade sobre a morte de Hannah venha à tona. Fotos ameaçadoras levam Clay e seus colegas à descoberta de um segredo terrível - e uma conspiração para encobri-lo.
Crítica:
(Spoilers Abaixo)
As fitas foram somente o começo.
Os 13 Porquês é um dos meus livros preferidos e gostei bastante da primeira temporada, mesmo com alguns deslizes; então quando a série foi renovada, apesar de achar necessária um segundo ano para que a justiça sendo feita - o que nem o livro aborda, vale ressaltar -, tinha medo de que ele prejudicasse o que foi desenvolvido antes. E, infelizmente, foi isso que aconteceu.
O saldo mais positivo dessa temporada está no desenvolvimento de Jessica e Justin. Durante a primeira, era perceptível os elementos inseridos que levariam a redenção do personagem, e isso é muito bem feito. O surgimento de sua amizade com Clay é convincente, assim como o drama de Jessica, que está totalmente perdida. Alisha Boe, Brandon Flynn e Dylan Minnette são os melhores nomes da temporada e donos das melhores cenas, mesmo que Clay irrite em certos momentos. E a saída para manter Katherine Langford também foi bem pensada e Clay vê-la é aceitável devido aos traumas que sofreu antes.
Outros personagens, entretanto, ficam simplesmente apagados, como Ryan e Courtney, que eram uns dos mais egoístas sobre o vazamento das fitas, mas aqui só aparecem em cenas curtas ou do julgamento, pouco tendo desenvolvimento próprio. Sheri também não possui um desenvolvimento pessoal, mas está presente em momentos chaves, o que não a deixa perdida como os outros. E há ainda tramas que não possuem tanta importância com o passar dos episódios ou se perdem, como a de Alex, Skye e Tony. Já Bryce continua desprezível e Justin Prentice entrega mais uma ótima atuação, como um adolescente privilegiado e que consegue manipular todos ao seu redor.
O elenco adulto também merece menção, com a ótima Kat Walsh, que se já havia entregado uma incrível atuação na temporada anterior, consegue elevá-la, com Olivia totalmente desesperada para mostrar que a escola foi despreparada em lidar com Hannah. Mas o roteiro acaba prejudicando a personagem ao inserir uma traição pouco crível de Andy, piorando a situação ao dar a entender que Hannah havia descoberto, pois a personagem em nenhum momento tratou o pai diferente antes. Seria mais interessante se tivessem abordado o fim do casamento usando a insistência de Olivia em processar a escola, enquanto o marido só queria seguir em frente. Derek Luke convence com toda a culpa e tentativa de mudar que sr. Porter demonstra.
Para estender a trama, outros flashbacks novos foram inseridos, mas enquanto alguns são bem feitos, como o início do namoro entre Jessica e Alex; outros são extremamente forçados, como o de Zach e Hannah. Além de uma romantização inadequada devido tudo que ele fez contra a garota - algo que vem sendo reproduzido pelos jovens nas redes sociais, que começaram a shippá-los -, porque Hannah não citaria o namoro nas fitas, já que iria se suicidar e "não teria mais nada a perder"? O personagem Zach, inclusive, é totalmente incoerente e covarde durante os episódios. Ele possui as polaroids e poderia entregá-las, mas prefere chantagear Clay, tentando jogar essa responsabilidade para o segundo, que não possui nada a ver com o ocorrido. Também foi difícil acreditar que Justin não soubesse da existência do Clube, já que era o melhor amigo de Bryce antes de tudo.
No geral, foi uma temporada decepcionante. Além de ser extremamente arrastada e longa, a justiça realizada para os culpados foi deprimente - a desculpa de que a vida real é assim é bem ultrapassada, e é exatamente por termos esse conhecimento é que queremos que ela seja feita ao menos em uma série de TV - e o roteiro inseriu um novo abuso sexual, com Tyler. A cena consegue ser mais forte que o suicídio de Hannah, mas se mostra desnecessária apenas por ser uma tentativa de emplacar mais uma leva de episódios, o que espero que não aconteça mesmo sendo meio óbvio que irá, já que essa se provou falho em diversos aspectos. Se a Netflix quer tanto continuar investindo nesses temas para conscientizar, há diversas obras que merecem uma adaptação, como A Lista Negra.
PS: É perceptível até que o cabelo dos atores nos flashbacks novos não parecem com os da primeira temporada, provando mais ainda que essa segunda foi feita nas pressas apenas para lucrar, o que é decepcionante.
O saldo mais positivo dessa temporada está no desenvolvimento de Jessica e Justin. Durante a primeira, era perceptível os elementos inseridos que levariam a redenção do personagem, e isso é muito bem feito. O surgimento de sua amizade com Clay é convincente, assim como o drama de Jessica, que está totalmente perdida. Alisha Boe, Brandon Flynn e Dylan Minnette são os melhores nomes da temporada e donos das melhores cenas, mesmo que Clay irrite em certos momentos. E a saída para manter Katherine Langford também foi bem pensada e Clay vê-la é aceitável devido aos traumas que sofreu antes.
O elenco adulto também merece menção, com a ótima Kat Walsh, que se já havia entregado uma incrível atuação na temporada anterior, consegue elevá-la, com Olivia totalmente desesperada para mostrar que a escola foi despreparada em lidar com Hannah. Mas o roteiro acaba prejudicando a personagem ao inserir uma traição pouco crível de Andy, piorando a situação ao dar a entender que Hannah havia descoberto, pois a personagem em nenhum momento tratou o pai diferente antes. Seria mais interessante se tivessem abordado o fim do casamento usando a insistência de Olivia em processar a escola, enquanto o marido só queria seguir em frente. Derek Luke convence com toda a culpa e tentativa de mudar que sr. Porter demonstra.
No geral, foi uma temporada decepcionante. Além de ser extremamente arrastada e longa, a justiça realizada para os culpados foi deprimente - a desculpa de que a vida real é assim é bem ultrapassada, e é exatamente por termos esse conhecimento é que queremos que ela seja feita ao menos em uma série de TV - e o roteiro inseriu um novo abuso sexual, com Tyler. A cena consegue ser mais forte que o suicídio de Hannah, mas se mostra desnecessária apenas por ser uma tentativa de emplacar mais uma leva de episódios, o que espero que não aconteça mesmo sendo meio óbvio que irá, já que essa se provou falho em diversos aspectos. Se a Netflix quer tanto continuar investindo nesses temas para conscientizar, há diversas obras que merecem uma adaptação, como A Lista Negra.
PS: É perceptível até que o cabelo dos atores nos flashbacks novos não parecem com os da primeira temporada, provando mais ainda que essa segunda foi feita nas pressas apenas para lucrar, o que é decepcionante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário