Autora: Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Classificação: 4.5/5 estrelas
Título Original: Réquiem
No desfecho da trilogia em que o amor é considerado uma doença, Lena é um importante membro da resistência contra o governo. Transformada pelas experiências que viveu, está no centro da guerra que logo eclodirá.
Depois de resgatar Julian de sua sentença de morte, Lena e seus amigos voltam para a Selva, cada vez mais perigosa. Enquanto isso, Hana, sua melhor amiga de infância, foi curada. Ela leva uma vida segura e sem amor junto ao noivo, o futuro prefeito. Às vésperas do casamento e da eleição - cujo resultado pode dificultar ainda mais a vida dos Inválidos -, Hana se questiona se a intervenção realmente tem efeito.
Vivendo em um mundo dividido, Lena e Hana narram suas histórias em capítulos alternados. O que elas não sabem é que, em lados opostos da guerra, suas jornadas estão prestes a se reencontrar.
Nota: Esse é o terceiro livro da trilogia, por isso, a resenha contém spoilers de Delírio e Pandemônio.
Resenha:
"Queríamos liberdade para amar. Queríamos liberdade para escolher. Agora, temos que lutar por isso." - Lena.
Delírio foi uma distopia que me conquistou logo de cara e tenho um enorme carinho pela história e os personagens. Amei os dois primeiros livros e depois do cliffhanger do segundo, fiquei louco por esse terceiro. E depois de muito tempo, enfim li a conclusão da trilogia de Lauren Oliver.
Mas antes de iniciá-lo, li resenhas que me deixaram um pouco desanimado, pois todos entraram em um concesso de que o final poderia ter sido melhor desenvolvido - principalmente em se tratando de uma distopia. Talvez por isso eu tenha adiado tanto a leitura, mesmo com a curiosidade para saber o que aconteceria depois do final de Pandemônio. E é a partir desse plot que Réquiem começa, nos mostrando como Lena absorveu o retorno de Alex. Diante disso, o relacionamento dela com Julian - e com o próprio Alex - não poderia estar pior.
Muita gente achou que Lena focou-se apenas em seus problemas e esqueceu a guerra, o que discordo. Ela se doou por completo aos planos durante a história e estamos sempre em tensão para o momento que ela eclodirá, mas era impossível que parte da personagem não sofresse com o retorno de Alex e de sua mãe, Annabel. Foram cargas emocionais intensas que Lena viveu desde o primeiro livro, por isso a entendi perfeitamente - assim como a Alex. Acho que a Lauren soube manter muito bem o equilíbrio entre seu drama pessoal e a participação na rebelião.
Também foi interessante observar o crescimento de Julian. Apesar de ser Team Alex, adoro o personagem e gostei de ver que ele se empenhava em ter serventia para o grupo; o que me fez ficar com pena dele em diversos momentos, pelo modo que Lena o tratou. Também gostei de conhecer Annabel e fiquei curioso para ler seu conto - foram lançados quatro: Hana, Annabel, Alex e Graúna -, mas a Intrínseca não traduziu nenhum e eles só podem ser adquiridos em inglês na Amazon, e como eu não leio em inglês ainda, ficará para um futuro. Para saber mais sobre os contos, clique aqui.
A narração de Hana também interessante e importante. Contava os segundos para a narração voltar para ela e descobrirmos mais sobre Fred, seu noivo e peça importante para a história. Mas um segredo de Hana também vem à tona nesse volume - na verdade, ele é revelado inicialmente em seu já citado conto -, o que me deixou sem reação. Não existia motivos para ela ter feito o que fez, por isso fiquei com ranço da personagem a partir daí. Porém, ainda assim, continuava querendo suas partes para que mais informações fossem reveladas.
Todavia, o final é mesmo decepcionante, de certa forma. Entendi a mensagem que a Lauren quis passar e a achei extremamente positiva, mas não concordo com a forma que ela encerrou tudo; merecíamos mais, principalmente sobre a guerra e personagens antigos. Pelo menos a última cena de Lena e Alex nos deu uma esperança do que ocorreria entre os dois. Lauren já disse diversas vezes que, no momento, não tem intenção de escrever novos livros, mas espero que ela mude de ideia futuramente.
No geral, apesar de um final inferior, Delírio ainda é muito especial para mim. Continuo adorando os personagens, a mensagem da história e principalmente a escrita de Lauren, que continua sendo maravilhosa e poética, principalmente no último parágrafo desse livro, que é um dos melhores que já li. Mal vejo a hora de ler seus outros livros, como Panic e Desaparecidas. Acredito que, por isso, a trilogia ainda mereça uma chance e valha a pena ser lida, por isso se tiveram a chance, o façam. E derrubem os muros!
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