terça-feira, 17 de julho de 2018

[Resenha] Prova de Fogo - James Dashner

Autor: James Dashner
Editora: Plataforma 21
Páginas: 400
Classificação: 5/5 estrelas
Título Original: Scorch Trials
Compre: Amazon Brasil

Depois de superarem os perigos mortais do Labirinto, Thomas e seus amigos acreditam que estão a salvo em uma nova realidade. Mas a aparente tranquilidade é interrompida quando são acordados no meio da noite por gritos lancinantes de criaturas disformes – os Cranks – que ameaçam devorá-los vivos.

Atordoados, os Clareanos descobrem que a salvação aparente na verdade pode ser outra armadilha, ainda pior que a Clareira e o Labirinto. E que as coisas não são o que aparentam. Para sobreviver nesse mundo hostil, eles terão de fazer uma travessia repleta de provas cruéis em um meio ambiente devastado, sem água, comida ou abrigo.

Calor causticante durante o dia, rajadas de vento gélido à noite, desolação e um ar irrespirável – no Deserto do novo mundo até mesmo a chuva é a promessa de uma morte agonizante. Eles, porém, não estão sozinhos – cada passo é espreitado por criaturas famintas e violentas, que atacam sem avisar. Manipulação, mentiras e traições cercam o caminho dos Clareanos, mas para Thomas a pior prova será ter de escolher em quem acreditar.

Nota: Esse é o segundo livro da série e a resenha contém spoilers do anterior.

Resenha:

O Labirinto foi só o começo... o pior está por vir.

Gostei muito de Correr ou Morrer, o que me deixou bastante animado para ler as continuações; então, assim que tive chance, comecei Prova de Fogo. E ele conseguiu ser tão bom quanto o primeiro!

Por ter alguns amigos que já leram a série, eu sabia que as mudanças maiores em relação aos filmes - que assisti antes - começavam a partir deste volume. Realmente existem várias, mas ainda assim, senti a essência do livro na adaptação, o que é bem mais importante. A história consegue nos prender ainda mais do que o primeiro, afinal o Deserto é um lugar hostil, cansativo e sem os produtos entregues "de bandeja" que os Clareanos recebiam no Labirinto. A inserção de um grupo B também foi positiva; além de descobrirmos mais sobre o Fulgor e a ligação entre Teresa e Thomas, pontos que chamam atenção após serem revelados no livro anterior.

sábado, 14 de julho de 2018

[Crítica] Todo Dia

Direção: Michael Sucsy
Roteiro: Jesse Andrews
Ano: 2018
Duração: 95 minutos
Título Original: Every Day
Classificação: 4/5 estrelas

'Todo Dia' conta a história de Rhiannon, uma garota de 16 anos que se apaixona por uma alma misteriosa chamada "A" que habita um corpo diferente todos os dias.

Sentindo uma conexão incomparável, Rhiannon e A trabalham todos os dias para encontrar um ao outro, sem saber o que ou quem o próximo dia irá reservar. Quanto mais os dois se apaixonam, mais as realidades de amar alguém que é uma pessoa diferente a cada 24 horas afeta eles, levando o casal a enfrentar a decisão mais difícil que eles já tiveram que tomar.

Nota: Para ler a resenha do livro, clique aqui.

Crítica:

Todo dia um corpo diferente. Todo dia uma vida diferente. Todo dia apaixonado pela mesma garota.

Todo Dia foi um livro que gostei bastante por sua mensagem e interessante premissa - de um ser habitar diariamente um novo corpo -, então quando soube que ele seria adaptado, fiquei feliz mas ao mesmo tempo , afinal são inúmeras adaptações que acabam dando errado, ainda mais uma que precisava passar tanto sentimento. Será que isso aconteceu dessa vez?

O maior ponto positivo do filme é a atuação do elenco. Angourie Rice entrega uma boa Rhiannon - apesar de imagina-la um pouco mais rebelde quando li o livro - e é fácil simpatizar e torcer pela personagem, mas os atores que interpretam A merecem elogios: mesmo sendo muitos, todos conseguem passar a mesma essência do personagem, como se fossem realmente a mesma pessoa; com destaque para Justice Smith, que além de A, vive Justin, e Owen Teague, que tem uma ótima química com Angourie. Quando os minutos finais se aproximam, já estamos torcendo, como no livro, para que o casal consiga um final feliz.

terça-feira, 10 de julho de 2018

[Resenha] George - Alex Gino

Autor: Alex Gino
Editora: Galera Júnior
Páginas: 144
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: George
Compre: Amazon Brasil

Quando as pessoas olham para George, acham que veem um menino. Mas ela sabe que não é um menino. Sabe que é menina. George acha que terá que guardar esse segredo para sempre: ser uma menina presa em um corpo de menino.

Até que sua professora anuncia que a turma irá encenar “A teia de Charlotte”, e George quer muito ser Charlotte, a aranha e protagonista da peça. Mas a professora diz que ela nem pode tentar o papel porque... é um menino. Com a ajuda de Kelly, sua melhor amiga, George elabora um plano. E depois que executá-lo todos saberão que ela pode ser Charlotte — e entenderão quem ela é de verdade também.

Resenha:

Seja quem você é.

Em Junho, comemorou-se o Orgulho LGBT e, curiosamente, tive a oportunidade de ler três histórias envoltas nessa categoria e George, um livro que eu havia ganhado há um tempo em um sorteio da Galera Record, foi um deles - os outros foram À Primeira Vista e Estamos Bem.

Apesar de ser um livro extremamente curto - 144 páginas, e o que torna qualquer informação um possível spoiler - e que poderia ter mais alguns pontos reforçados, Alex Gino conseguiu mostrar a dificuldade de ser uma pessoa trans, ainda mais sendo uma criança, onde todos em volta levam como brincadeira ou algo passageiro. Não sei se quando o autor o desenvolveu foi pensando em um público infantil, igual ao selo pelo qual a obra foi lançada aqui no Brasil, mas talvez tenha sido isso, mais como uma introdução ao assunto, o que explica a forma "rasa" de algumas situações.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

[Resenha] Estamos Bem - Nina LaCour

Autora: Nina LaCour
Editora: Plataforma 21
Páginas: 224
Classificação: 4/5 estrelas
Título Original: We Are Okay
Compre: Amazon Brasil

Marin deixou tudo para trás. A casa de seu avô, o sol da Califórnia, o corpo de Mabel e o último verão agora são fantasmas que ela não quer revisitar. O retrato de uma história em que já não se reconhece mais. Ninguém nunca soube o motivo de sua partida. Nada se sabe sobre a verdade devastadora que destruiu sua vida. 

Agora, ela vive em um alojamento vazio e está sozinha no inverno de Nova York. Marin está à espera da visita de sua melhor amiga e do inevitável confronto com o passado. As palavras que nunca foram ditas finalmente se farão presentes para tirá-la das profundezas de sua solidão.

Resenha:

“O problema da negação é que, quando a verdade chega, você não está pronta.”

Desde quando vi a capa de Estamos Bem, fiquei curioso para lê-lo e essa vontade só aumentou depois que li À Primeira Vista - também da Nina LaCour, em parceira com David Levithan -, tanto que o comecei logo após o fim do segundo.

Apesar de Marin ter as atitudes e ações mais idiotas do mundo, ela é uma personagem que acaba nos conquistando, devido os problemas que enfrenta; assim como sua relação com Mabel, que possui vários problemas mal resolvidos no passado. A relação conturbada das duas por conta desses problemas e até a própria "nova" Marin, reclusa e depressiva, são pontos bem desenvolvidos pela autora.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

[Resenha] À Primeira Vista - David Levithan & Nina LaCour

Autores: David Levithan & Nina LaCour
Editora: Galera Record
Páginas: 294
Classificação: 4.5/5 estrelas
Título Original: You Know Me Well
Compre: Amazon Brasil

Mark e Kate são da mesma turma de cálculo, mas nunca trocaram uma única palavra. Fora da escola, seus caminhos nunca se cruzaram... Até uma noite, em meio à semana do orgulho gay de São Francisco. Mark, apaixonado pelo melhor amigo — que pode ou não se sentir do mesmo jeito —, aceita o desafio que mudará sua vida. E sobe no balcão do bar em um concurso de dança um pouco diferente... 

Na plateia, Kate, fugindo da garota que ela ama a distância por meses e confusa por não se sentir mais em sintonia com as próprias amigas, se encanta pela coragem e entrega do rapaz. E decide: eles vão ser amigos. 

Em meio a festas exclusivas, fotógrafos famosos, exposições em galerias hypadas, essa ligação se torna cada vez mais forte. E Mark e Kate logo descobrem que, em muito pouco tempo, conhecem um ao outro melhor que qualquer pessoa. Uma história comovente sobre navegar as alegrias e tristezas do primeiro amor... uma verdade de cada vez.

Resenha:

Esqueça amor “à primeira vista”. Esta é uma história de amizade “à primeira vista”... ou quase.

David Levithan é um autor que tenho mais experiências boas do que ruins. Dos cinco livros dele que li, gostei bastante de Naomi & Ely e a Lista do Não-BeijoDois Garotos Se Beijando e Todo Dia, sendo apenas Will & Will e Garoto Encontra Garoto que me decepcionaram; então estava curioso para ler À Primeira Vista desde que o ganhei em um sorteio realizado pela Galera Record. E felizmente adorei a história!

A parceria entre o autor e Nina LaCour funcionou perfeitamente - assim como a sua e de Rachel Cohn em Naomi & Ely - e me surpreendeu bastante, pois esperava mais uma história despretensiosa; o que, de certa forma, foi, mas há algo mais na trama que nos faz torcer e apegar-se à Mark e Kate. Os dois são personagens muito bem construídos e o modo como a amizade dos dois surge e o elo que os une é crível.