terça-feira, 18 de julho de 2017

[Crítica] Shadowhunters - 2x15/16: A Problem of Memory / Day of Atonement


Diga olá ao papai.

Review:
(Spoilers Abaixo)

Estes dois últimos episódios foram divisores de água para Shadowhunters, já que a verdade sobre Sebastian veio à tona. Mas não quer dizer que isso foi feito de uma forma totalmente certa. Quem acompanha minhas reviews, sabe o quanto achei desnecessária a mudança em relação à origem do personagem, pois quem leu os livros, sabe o quanto a história por trás de sua criação é mais sentimental do que essa da série. Porém, pior do que tal mudança, foi o fato do roteiro não ter aproveitado o personagem e ter revelado sua verdadeira índole com menos de cinco episódios desde sua aparição.

Esse é um problema da série: as coisas são simplesmente jogadas, quase sem impacto. O plot twist teria sido muito mais interessante se o público confiasse no personagem e fosse pego de surpreso quando tudo fosse revelado. Sobre sua real forma, é mais do que claro que os showruners querem chocar o público mostrando que Sebastian é realmente maligno, mas nem era necessário, apenas o fato de ter sangue de demônio já o faz ser um vilão perverso. Seria muito mais interessante a série tê-lo introduzido da mesma forma dos livros e utilizar esse plot de "criatura criada no inferno" para um vilão futuro, caso não venham a querer utilizar Sebastian até o fim do show - o que eu acho bem possível, conhecendo a produção. Mas isso é causa perdida, então só nos resta torcer que essa parceria do personagem com Valentine seja bem feita como foi na obra original.

Já Clary, após beijar Jace na Corte Seelie, correu para pedir desculpas à Simon, afirmando que o ama. Só eu que sinto vontade de sacudi-la pra ela acordar pra vida? Metade do elenco diz que a magia das fadas não mente mas ela continua insistindo em dizer nutrir esse sentimento pelo amigo, quando é óbvio que nem ela acredita nisso. Felizmente, Simon foi irredutível e Climon já era. Porém, Clary continuou com o mimimi, afastando Jace direto. Só que Deus é justo e nos presenteou com um momento fofo dos dois em Day of Atonement - episódio dirigido por Paul Wesley, vale ressaltar, e que foi bem superior ao anterior -, quando ele a ajudou a se curar das alucinações causadas pelo lago. E agora que ela descobriu que seu irmão está vivo, os dois deverão se aproximar cada vez mais enquanto o procuram. Se a gente gosta disso? É claro que sim!

quarta-feira, 5 de julho de 2017

[Resenha] Muito Amor, Por Favor - Arthur Aguiar, Frederico Elboni, Ique Carvalho e Matheus Rocha

Autores: Arthur Aguiar, Frederico Elboni, Ique Carvalho e Matheus Rocha
Editora: Sextante
Páginas: 240
Classificação: 3.5/5 estrelas
Título Original: Muito Amor, Por Favor

Este livro reúne textos que mostram o amor do ponto de vista de quatro jovens que escrevem sobre relacionamentos legítimos e atuais, que souberam se reinventar. Sem medo de expressar seus sentimentos, deixam para trás estereótipos já obsoletos – como o controlador machista ou o piegas choroso – e falam sobre viver a dois e sobre a natureza das relações em todos os seus aspectos. 

Assim, cada autor reflete sobre o amor representado por um elemento: Arthur Aguiar escreve que “O amor é água”, dizendo que ele é fluido, mas por vezes gelado; ora tempestade, ora profundo. Fred Elboni explica que “O amor é ar”, mostrando a leveza de se amar sem sofrer, da brisa que envolve os apaixonados, mas que por vezes torna-se furacão. 

Ique Carvalho se debruça sobre quando “O amor é fogo”, que arde, aquece a alma, mas que também pode incendiar até doer. E Matheus Rocha conta que “O amor é terra”, estável, tranquilo, mas que não escapa dos terremotos da vida, que tiram tudo do lugar para que a rotina não o extermine. Um livro apaixonante, para quem ama e para quem quer amar um dia... e sempre. 

Resenha:

Um sentimento em quatro elementos.

Por ser fã do Arthur Aguiar, fiquei ansioso para ler Muito Amor, Por Favor desde quando ele foi anunciado e ver como o Arthur se sairia, afinal este é seu primeiro livro. Além dele, também tinha curiosidade sobre Ique Carvalho e Frederico Elboni pois, mesmo nunca tendo lido nada dos dois, tenho curiosidade e sempre ouço ótimos comentários sobre Faça Amor, Não Faça Jogo e Um Sorriso ou Dois, respectivamente.

Primeiro temos o elemento Fogo, com os textos de Ique, que foram meus favoritos. O autor divide seus textos entre romances e a relação com o pai, e por serem em forma de poesia, são os mais rimados. Apesar de serem nos de romance que sentimentos o verdadeiro calor do fogo, os textos sobre seu pai também são cativantes e prendem nossa atenção - talvez mais do que os de romance, pois sentimos a verdade nas palavras e no laço que os uniu. Meus favoritos foram A faísca, Só cinzas e A tocha que guia você.

O segundo elemento é Terra, por Matheus Rocha. Foi a parte que eu menos gostei e não me conectei com quase nenhuma história, pois não sentia que elas fluíam. Os contos de Matheus nos passam a sensação de desabafo e são os que mais possuem carga densa, por serem mais "pé no chão", lembrando realmente o elemento. Destaco Terremoto e Logout de você.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

[Crítica] Shadowhunters - 2x13/14: Those of Demon Blood / The Fair Folk


"Você pode se enganar, mas não as vitis veritas."

Review:
(Spoilers Abaixo)

Chegamos a mais duas semanas de Shadowhunters, e antes de tudo, queria pedir desculpas por mais uma review dupla. Infelizmente, as coisas estão corridas para mim, mas tentarei ao máximo postar a do próximo episódio assim que ele sair. Situação explicada, agora vamos comentar esses episódios, porque tem muita coisa!

Começando por Those of Demon Blood, que foi bem mediano - o pior da 2B até agora, aliás. A rápida sucessão de acontecimentos na série ainda é algo que incomoda. Primeiro tivemos a rápida revelação de que Clary e Jace não são irmãos; no episódio seguinte o mesmo descobriu que era um Herondale e foi nomeado como o novo chefe do Instituto; para já nesse décimo terceiro passar o comando para Alec. Desde o começo da série, o Instituto já passou pela mão de meio elenco. Como a Clave, que é tão rigorosa, deixa isso acontecer, assim sem mais nem menos? Ma talvez ele se firme na mão de Alec, pois quem assiste a série sabe como o roteiro joga tudo para as costas do personagem ou de Malec.

E Jace realmente não merecia comandar o Instituto pois possui um plot muito melhor e que deve ser trabalhado: seu romance com Clary. Mas isso comentaremos daqui à pouco, já que esse episódio resolveu criar um novo ship para a série, entre o shadowhunter e Maia. Confesso que os dois não me incomoda tanto quanto Climon porque é visível que será apenas um casinho de sexo e nada mais, diferente da relação de Clary com Simon, que o roteiro força o maior ligação - que não convence ou existe - entre eles. E chega até a ser compreensível essa necessidade de criar novos ships da série, afinal não sabemos quantas temporadas ela durará, então o máximo de empecilhos para juntar o casal principal que a produção puder usar, ela irá.