domingo, 3 de fevereiro de 2019

[Resenha] Imperfeitos - Cecelia Ahern

Autora: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
Páginas: 320
Classificação: 3.5/5 estrelas
Título Original: Flawed

Celestine North vive em uma sociedade que rejeita a imperfeição. Todos aqueles que praticam algum ato julgado como errado são marcados para sempre, rechaçados da comunidade, seres não merecedores de compaixão.

Por isso, Celestine procura viver uma vida perfeita. Ela é um exemplo de filha e de irmã, é uma aluna excepcional, bem quista por todos do colégio, além do mais, ela namora Art Crevan, filho da autoridade máxima da cidade, o juiz Crevan.

Em meio a essa vida perfeita, Celestine se encontra em uma situação incomum, que a faz tomar uma decisão instintiva. Ela faz uma escolha que pode mudar o futuro dela e das pessoas a seu redor. Ela pode ser presa? Ela pode ser marcada? Ela poderá se tornar, do dia para a noite Imperfeita? 

Nesta distopia deslumbrante, a autora best-seller Cecelia Ahern retrata uma sociedade em que a perfeição é primordial e quem cometer qualquer ato falho será punido. A história de uma jovem que decide tomar uma posição que poderá custar-lhe tudo.

Resenha:

Nossos defeitos nos fazem ser quem somos.

Simplesmente Acontece é um dos meus livros favoritos, por isso fiquei muito animado quando  descobri que Cecelia Ahren, autora dele, havia escrito uma distopia, afinal é um gênero que adoro e logo fiquei curioso para Imperfeitos.

A distopia criada pela autora é bem simples se comparadas às demais - lembra um pouco à de Feios, inclusive, já que sua sociedade também buscava a perfeição, apesar de lá haver mais um quê de ficção científica -, mas é interessante, já que se não seguirem certas regras, as pessoas recebem marcações, remetendo ao tempo onde os nazistas marcavam judeus, que eram diferenciados dos demais e mortos. E todo o preconceito em torno dessas pessoas é bem desenvolvido, principalmente por seus delitos muitas vezes não serem "nada de mais", mas ainda assim todos em volta necessitam julgar para mostrarem que são nem um por cento superior, algo muito comum na nossa realidade.

Os personagens, porém, não despertaram minha torcida. Apesar de entender que Celestine necessitava começar acreditando na sociedade para só depois acordar, não consegui me identificar tanto com ela, mesmo achando positiva seu crescimento com o passar dos capítulos. O mesmo ocorreu com Juniper e Art, apesar de os dois mostrarem-se personagens do bem. Carrick também foi muito mal aproveitado, mas talvez isso mude na continuação. O vilão, por outro lado, é desprezível e lembra muito o tipo controlador presente em distopias. É bem fácil e rápido odiá-lo, principalmente em uma certa cena de marcação.

A escrita de Cecelia é fluída e os capítulos bem curtos, o que nós faz passar as páginas rapidamente - mesmo que em alguns momentos, a história fique com um ar arrastado. Fiquei bastante curioso para saber como essa sociedade será combatida, por isso, apesar de não ter me ligado aos personagens, quero ler a continuação, pois ao que tudo indica, será apenas uma duologia. Se você gosta de distopia, pode ser interessante, então sempre é válido dar uma chance.

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