sábado, 28 de fevereiro de 2015

[Crítica] A Culpa é das Estrelas

Direção: Josh Boone
Ano: 2014
País: EUA
Duração: 125 minutos
Título Original: The Fault Is Our Stars
Classificação: 4.5/5 estrelas

Nota: Essa crítica foi escrita em Maio de 2014. Para ler a resenha do livro, clique aqui.

Crítica:

Doentes de amor.

20 milhões de views e 307.537 curtidas no YouTube. Essa foi a marca que o primeiro trailer de A Culpa é das Estrelas alcançou. Fãs fervorosos pela estreia do filme já demonstravam a ansiedade pela estreia do filme. Eis que o dia 5 de junho chegou e, em apenas quatro dias, um milhão de espectadores já viram a obra nos cinemas.

Por gostar bastante do trabalho da Shailene Woodley, era mais que obrigação para mim ver o filme o mais rápido possível, mas acabei indo só na segunda, 9. E posso dizer que nem com quatro dias após a estreia, as coisas estavam calmas. Filas enormes pelo shopping, fãs batendo fotos com os pôsters gigantes do filme, sessões esgotadas e etc. Prova disso foi que só consegui entrar na sessão de 17h, sendo que comprei o ingresso às 13h30. Fico imaginando que horas chegaram as pessoas que conseguiram entrar na primeira sessão, que era às 14h.

Diferente de Divergente, consegui ler TFIOS antes de ver o filme e posso dizer que a adaptação da obra de John Green, mesmo com algumas mudanças e a ausência de plots do livro, consegue emocionar tanto quanto o livro. Apesar de não ter chorado em nenhuma das duas obras, várias cenas me deixaram com aquela sensação de garganta fechada e vontade de ajudar aqueles dois personagens de alguma forma.

Exceto algumas mudanças ou ausência de cenas (como já disse), a única falha do filme foi a cena do beijo, seguido por aplausos. Vamos ser sinceros: beijo adolescente em público é algo comum e normal. Cenas como aplausos e assobios realmente só em filmes - o que tira um pouco da magia ''pode ser real''. Também senti falta do plot da ex de Gus. Com certeza, essas cenas tornariam a perda final muito mais emocionante. O filme teve muitas cenas engraçadas, mas o drama sempre prevalecia mais, então acho que esse é o motivo da falta da cena onde Hazel narra que ''descobriu seu câncer na primeira menstruação. Foi como se Deus tivesse dito: você já é uma mulher, agora morra''. Isso foi bem engraçado no livro e fiquei triste por não ter aparecido no filme.

O elenco se sai muito bem, mas o destaque, claro, é para Shailene e Ansel Elgort. Eles contracenaram juntos em Divergente, então, já tinham uma ligação. Ligação essa que se torna mais forte aqui e é impossível lembrá-los como irmãos na história distópica. Sem contar que Ansel é idêntico à descrição de Gus no livro. Mesmo se não soubesse que ele interpretaria o personagem, imaginaria alguém próximo à ele. Nat Wolff também é parecido com o Isaac do livro. O mais distante do livro é Peter Van Houten. Nele, o escritor é ''velho e barrigudo'', enquanto aqui é quase uma sócia de Hugg Jack, o Dr. House da série homônima. O ator não passou a sensação de um velho amargurado pela vida que senti no livro. Pareceu mais um babaca que quer fazer piada de tudo e nunca tem sucesso.

Sim, A Culpa é das Estrelas é definitivamente um bom filme. É um clichê adolescente em parte, mas mostra a realidade, diferente do que é idealizada por nós - que tudo é para sempre. Em um momento temos tudo, mas no seguinte, podemos não ter nada. Nem todo amor tende a ser eterno, algo sempre pode interrompê-lo. A vida pode ser cruel. E se estamos dispostos a viver, temos que estar preparados para isso.

PS: E ''Doentes de Amor''? Seriously?

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